Publicado em 18/07/2025 às 08:03, Atualizado em 18/07/2025 às 12:11

PF faz buscas na casa de Jair Bolsonaro, que terá que usar tornozeleira eletrônica

Ex-chefe do Executivo também está proibido de ter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros

R7,
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Imagem: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (18), dois mandados de busca na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) e em endereços ligados ao PL (Partido Liberal).

Além disso, o ex-chefe do Executivo deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana.

O R7 tenta contato com os citados e aguarda repostas. 

Bolsonaro também está proibido de manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como de se aproximar de embaixadas.

Outras restrições incluem a proibição de contato com os demais réus do processo e o acesso às redes sociais.

Todas as medidas foram autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da PET n.º 14129. A representação foi feita pela PF, com parecer favorável da PGR, pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e atentado à soberania nacional.

Relembre

A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Além dele, sete outras pessoas, incluindo generais e ex-ministros, também foram acusadas. A PGR afirma que Bolsonaro liderava a organização criminosa responsável por atos críticos contra a democracia.

Os crimes atribuídos ao grupo incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, com penas que podem chegar a até 43 anos de prisão.

Entre os acusados estão Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-líder do Exército.

O documento da PGR detalha que a tentativa de golpe não se concretizou devido à falta de apoio das Forças Armadas.

O julgamento está previsto para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro. Em resposta às acusações, Bolsonaro negou envolvimento e classificou as alegações como infundadas.