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Chuvas favorecem o plantio de milho segunda safra em MS

Áreas de cultivo no Centro-Oeste registram maior umidade do solo e projeção tem viés de alta

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Área plantada com milho em Mato Grosso do Sul; produtividade deve ficar entre 86 e 89 sacas por hectare. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS) 

Mesmo com a umidade abaixo da média na maior parte do Centro-Oeste, as chuvas acumuladas nos últimos 10 dias (entre 5 e 15 de fevereiro) – que ultrapassaram 80 milímetros – favoreceram o início do ciclo da segunda safra de milho, aponta a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites.

Em Mato Grosso do Sul, apesar da umidade do solo baixa durante a maior parte do ciclo da soja, a perspectiva é de bom começo para o milho segunda safra. A projeção da EarthDaily Agro é de 88,8 sacas/hectare, resultado 4% maior que o atualmente estimado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Projeções do Siga

A estimativa é que a safra seja 5,82% menor em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 2,218 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 86,3 sacas por hectare – a média de sacas por hectare está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do Estado. A expectativa de produção é de 11,485 milhões de toneladas, apontando retração de 14,25% quando comparada ao ciclo anterior

Na data de 9 de fevereiro deste ano, a área plantada acompanhada pelo Projeto Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) alcançou 17,2%. A região norte está com o plantio mais avançado, com média de 42,3%, enquanto a região centro está com 16,7% e a região sul com 13,1% de média. A área plantada até aquela data, conforme estimativa do Siga, é de aproximadamente 381 mil hectares. A porcentagem de área plantada na 2ª safra 2023/2024, encontra-se superior em 13,2 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2022/2023, para a data de 9 de fevereiro.

O atraso na colheita da soja afetou a janela de semeadura do milho segunda safra em Mato Grosso do Sul. Esse atraso pode desencadear problemas na safra de milho, pois algumas regiões possuem um risco elevado ao plantar fora da melhor janela de semeadura, que se concentra entre 13 de janeiro e 10 de março.

Eventos climáticos adversos, como estiagem, geada e queda de granizo, podem ocorrer e prejudicar a cultura. Portanto, é crucial que o produtor esteja atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verifique o histórico climático da propriedade ou região antes de iniciar a semeadura.

Segundo boletim do Siga-MS, é altamente recomendável evitar o plantio tardio no Estado, pois isso pode resultar em uma queda significativa na produtividade e um aumento nas infestações por cigarrinha.

Vale ressaltar que a operação de semeadura está adiantada para o período. Os produtores que não conseguiram semear a soja no tempo adequado já deram início ao plantio do milho, o que contribui para essa antecipação.

Soja em MS

Para a soja, a avaliação feita pelo analista de safra da EarthDaily Agro indica que Mato Grosso do Sul deverá registrar a menor queda no Centro-Oeste. As propriedades apresentar boa uniformidade do estádio de cultivo. A evolução do índice de vegetação aponta um cenário mais favorável do que os anos ruins de 2022 e 2019, mantendo um viés mais otimista e uma estimativa de produtividade de 59,2 sacas/hectare, 4,6% menor que na safra anterior.

Na lavoura vizinha

Em Mato Grosso, a umidade do solo encontra-se em patamar superior em fevereiro, em comparação com o último bimestre de 2023, quando teve início do ciclo da soja. A produtividade média estimada pela empresa para o milho segunda safra é de 112,3 sacas/hectare, 2% menor que na safra passada, mas 5,2% superior à projeção da Conab atualmente estima. Já para a soja, o analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, esteve no sudeste do estado na última semana e verificou quebra de mais de 70% nas áreas plantadas em setembro e de 10% a 20% nas lavouras semeadas a partir de novembro.

Segundo ele, outras áreas no centro do MT deverão apresentar resultado menos desfavorável, mas ainda ruim. A quebra estimada no estado deve chegar a 17,6% sobre a safra passada, com produtividade média de 51,8 sacas/hectare. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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