Publicado em 17/10/2025 às 14:39, Atualizado em 17/10/2025 às 18:41
A equipe de Controle de Vetores de Batayporã, composta pelos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) recebeu ação especial de enfrentamento às arboviroses. Nesta semana, o grupo recebeu a visita técnica e o treinamento de dois especialistas da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que apresentaram a metodologia de monitoramento do Aedes aegypti por meio de ovitrampas.
As ovitrampas são armadilhas usadas para detectar a presença do mosquito Aedes aegypti. Elas consistem em um pequeno recipiente escuro com água e uma palheta de madeira, onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos. A partir da coleta e contagem desses ovos, é possível identificar as áreas com maior risco de infestação e agir de forma mais rápida e eficiente no combate à dengue, zika e chikungunya.
Os responsáveis pela capacitação foram a bióloga Camila de Almeida Barbosa e o técnico em entomologia Ezequiel Pereira Ramos, que orientaram os agentes sobre a implantação e o funcionamento das armadilhas.
Metodologia inovadora
O monitoramento por ovitrampas representa um avanço estratégico para o município. Diferentemente dos métodos tradicionais que focam apenas na busca por larvas e focos do mosquito, as ovitrampas permitem identificar de forma mais precisa a presença e a dispersão do Aedes aegypti em uma área.
A coleta periódica das palhetas possibilita o cálculo do Índice de Positividade de Ovos (IPO), indicador sensível e precoce que mostra os locais com maior risco de infestação antes mesmo do aumento do número de mosquitos adultos e de casos de doenças.
Combate estratégico e antecipado
Segundo os técnicos, a principal vantagem da metodologia é a capacidade de fornecer dados preditivos, permitindo que as ações de controle sejam mais direcionadas. Com isso, Batayporã poderá atuar de forma preventiva, concentrando esforços em regiões com maior potencial de infestação e evitando a expansão do mosquito.
A secretária municipal de Saúde, Leticia Rodrigues Sanches, destacou a iniciativa. “Esta capacitação é fundamental para aprimorarmos a vigilância epidemiológica e otimizar os recursos no combate ao Aedes aegypti. A metodologia de ovitrampas nos dará uma leitura mais precisa e antecipada da situação de infestação, permitindo que nossos agentes atuem de forma mais cirúrgica e eficaz, protegendo melhor nossa comunidade contra a dengue, zika e chikungunya”, afirmou a gestora.
Monitoria técnica
Além do treinamento, o município também recebeu a visita do técnico Márcio Luiz de Oliveira, da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, que realizou uma monitoria das atividades locais. Acompanhado por dois agentes de endemias, Márcio visitou um ponto estratégico da cidade para observar de perto o andamento do trabalho e reforçar o alinhamento das ações de campo.