“Joga pra cá, desvia de um buraco, pula um borrachudo...” — é assim, em ritmo de malabarismo, que os motoristas enfrentam pouco mais de 120 quilômetros da BR-267, entre Nova Casa Verde e Nova Alvorada do Sul.
O trecho é conhecido pelas condições precárias de tráfego. Diariamente, condutores relatam a necessidade constante de desviar de crateras e enfrentar os chamados “borrachudos” — ondulações perigosas causadas pela má qualidade do asfalto e pelo excesso de peso dos caminhões que trafegam pela rodovia. Em muitos pontos, o pavimento lembra a superfície lunar, obrigando motoristas a manobras arriscadas para evitar danos aos veículos.
Situação atual da BR-267
Buracos e ondulações:
Grande parte do percurso está tomada por buracos e deformações, tornando a viagem desconfortável e, sobretudo, insegura.
Veículos danificados:
É comum ver carros parados no acostamento, com pneus furados ou problemas na suspensão — consequência direta das más condições da pista.
Manutenção insuficiente:
Apesar de estar sob responsabilidade do DNIT, a manutenção tem sido esporádica e paliativa, sem resolver os problemas estruturais de forma eficaz.
Intervenções recentes
Recapeamento parcial:
Houve início de recapeamento a partir de Nova Casa Verde, mas os trabalhos avançaram apenas por alguns quilômetros e foram interrompidos, sem previsão de retomada.
Trechos recuperados:
Nos últimos anos, aproximadamente 46 quilômetros de pista foram recuperados entre Nova Alvorada do Sul e o distrito de Casa Verde. No entanto, a maior parte da rodovia continua necessitando de melhorias substanciais.
Nova concessão:
O Governo do Estado lançou o projeto Rota da Celulose, que prevê a concessão de 870,3 km de rodovias, incluindo a BR-267, por um período de 30 anos. A concessionária vencedora será responsável por recuperar, operar, conservar, manter e ampliar a capacidade do sistema rodoviário.
Investimentos previstos:
A concessão prevê investimentos da ordem de R$ 10 bilhões, com obras de duplicação, implantação de acostamentos, terceiras faixas, marginais, contornos urbanos e dispositivos de segurança. A maior parte dos ajustes deve ocorrer nos primeiros oito anos do contrato.
Impacto esperado:
A expectativa é que a concessão proporcione melhorias significativas na infraestrutura, garantindo mais segurança e fluidez ao tráfego, especialmente para o escoamento da produção agrícola e industrial da região.
Perspectivas
Enquanto as obras estruturantes não avançam, o trecho entre Nova Casa Verde e Nova Alvorada do Sul permanece um desafio diário para os motoristas, exigindo atenção redobrada e muita paciência. A concessão da Rota da Celulose é vista como uma solução de médio e longo prazo para transformar a realidade da BR-267. No entanto, até que as melhorias sejam efetivamente implantadas, os problemas relatados devem continuar a fazer parte da rotina de quem trafega pela rodovia.
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