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Há meio século, Batayporã celebra devoção a Santo Antônio de Pádua

Missa e carreata em honra ao padroeiro da cidade ocorreram neste sábado (13)

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Tradicional carreata foi realizada neste sábado (13), logo após a Santa Missa - Imagem: Pastoral da Comunicação

Há meio século, ou seja, desde 1970, quando Batayporã ainda nem havia sido elevada à condição de paróquia, teve início a tradicional Festa do Padroeiro Santo Antônio de Pádua.

No começo, além da missa e da quermesse, havia uma cavalgada em honra ao santo, uma vez que, há 50 anos, a região era extremamente rural e os carros eram itens raros no município.

Com o passar do tempo, o evento foi sendo incrementado, com a manutenção da missa, a substituição da cavalgada pela carreata, realização de almoço, leilão de gado e a modernização da festa com estruturas como tendas, palco e shows regionais.

Este ano, devido à pandemia de covid-19, houve o cancelamento da festa social, mas a programação religiosa foi mantida com a adoção de determinadas restrições.

Na segunda (08), terça (09) e quarta (10), foi realizado, na Igreja Matriz, sempre às 19h, o Tríduo de Santo Antônio de Pádua, com transmissão pelo Facebook.

Já neste sábado (13), ocorreu a Santa Missa às 08h na Igreja Matriz, com a presença limitada de fiéis e com transmissão pelo Facebook e pela Rádio Cidade FM.

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Pároco lembrou de todos que já atuaram na Festa do Padroeiro ao longo destes 50 anos - Imagem: Pastoral da Comunicação

Durante a celebração, o pároco, padre Everton dos Santos lembrou, de forma geral, de todos os festeiros e colaboradores que, ao longo destes 50 anos, trabalharam e contribuíram com a realização da Festa do Padroeiro, especialmente aqueles que já são falecidos.

Logo após a missa, foi realizada a tradicional carreata pelas ruas da cidade com a imagem do padroeiro e, ao final do trajeto, ocorreu a bênção dos veículos, bem como a distribuição dos pães abençoados e das lembrancinhas de Santo Antônio de Pádua.

Determinados trechos da carreata e também o momento da bênção dos veículos foram transmitidos ao vivo pelo Facebook.

Imagens: Pastoral da Comunicação

O santo*

Santo Antônio de Pádua (1195-1231) é um santo venerado pela Igreja Católica. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX em 30 de maio de 1232. Seu dia festivo é comemorado no Brasil e em Portugal em 13 de junho.

Fernando de Bulhões, conhecido como Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 15 de agosto de 1195. Filho de Martinho de Bulhões e Maria Tereza Taveira desde pequeno acompanhava os pais nas celebrações na catedral de Lisboa.

Formação religiosa

Com 15 anos, Santo Antônio ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde iniciou sua formação religiosa. Em seguida foi estudar no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde recebeu sólida formação filosófica e religiosa.

Em 1220, Santo Antônio é ordenado Sacerdote. Nesse mesmo ano, se sensibiliza ao ver os despojos dos frades franciscanos que são venerados no Mosteiro de Santa Cruz após serem martirizados numa missão no Marrocos, na tentativa de evangelizar os mouros.

Resolve se juntar à ordem e recebe o hábito de São Francisco no Convento de Olivas, em Coimbra, com o nome de Frei Antônio. Inicia uma missão para o Marrocos, mas após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália.

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Santo Antônio é um dos mais populares da Igreja Católica - Imagem: Pastoral da Comunicação

O dom da pregação

Em 1221, Santo Antônio viaja para Assis a fim de participar do Capítulo da Ordem dos Franciscanos. Em 1222 é convidado para a ordenação sacerdotal em Forli, quando faz um sermão revelando grande dom da oratória e seu profundo conhecimento da Bíblia.

Em seguida, é designado para difundir e evangelizar a doutrina na região da Lombardia. Em 1224 foi indicado por são Francisco de Assis para lecionar Teologia na universidade de Bolonha. Em seguida, foi enviado para a França, onde lecionava nas universidades de Toulouse, Montpellier e Limoges.

Em todos os lugares que passou as suas pregações encontraram forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos que contribuíram para o crescimento de sua fama de santidade.

No final de 1227 Santo Antônio retornou à Itália e até 1230 atuou como Ministro Provincial em Milão e em Pádua. Participou do Capítulo Geral em Assis, onde assistiu os traslados dos restos mortais de São Francisco, da Igreja de São Jorge para a nova basílica.

Ainda em 1930, Santo Antônio solicitou ao papa a dispensa de suas funções no cargo Provincial, para dedicar-se à pregação e contemplação, permanecendo no mosteiro que havia fundado em Pádua.

Entre 5 de fevereiro e 23 de março de 1231, prega os Sermões da Quaresma. Serve de mediador junto à prefeitura de Pádua que resulta em um decreto que tornou menos cruel a condição dos que deviam e não conseguiam pagar suas dívidas. Em maio abençoa a cidade de Pádua.

Com uma saúde precária, Santo Antônio recolheu-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingo e dias santificados.

Santo Antônio faleceu em Pádua, Itália, no dia 13 de junho de 1231. Em 1263, seus restos mortais foram transladados para a Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída em sua memória.

Milagres de Santo Antônio

Os milagres de Santo Antônio, ainda em vida, lhe valeram a canonização, em 13 de maio de 1232, apenas onze meses depois de sua morte, pelo papa Gregório IX.

Um dos milagres de Santo Antônio é relatado quando o frei pregava aos hereges em Rimini, na Itália, e estes não quiseram escutar e deram-lhe as costas.

Sem desanimar, Santo Antônio vai até a beira do rio e continua pregando, momento que ocorre um milagre, quando vários peixes se aproximam e colocam a cabeça fora d’água em ato de escuta.

Os hereges ficam tão impressionados que logo se converteram. Esse milagre é citado em várias publicações, entre elas, um sermão de Padre Antônio Vieira que é considerado uma obra-prima da literatura portuguesa.

Outro milagre de Santo Antônio é aquele que ele salva o pai da forca. Conta-se que estando o fre a pregar em Pádua, sentiu que sua presença era necessária em Lisboa.

Recolhe-se a seus aposentos, e cobre a cabeça em silêncio e reflexão. Ao mesmo tempo, se encontra em Lisboa, onde seu pai tinha sido condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado pelo frei, afirma a inocência de seu pai.

Após ver seu pai inocentado, Santo Antônio subitamente volta para Pádua e recomeça sua pregação. Nesse ato, ocorrem dois fatos miraculosos em um só: Esteve em dois lugares ao mesmo tempo e provou o poder de reanimar os mortos.

Outro dom de Santo Antônio só foi revelado após a sua morte, como havia pedido ao conde Tiso, que o acolheu em sua casa em Pádua. Certa noite, ao ver alguns raios de luz saindo das frestas da porta do quarto, o conde se aproximou e olhou pela fresta.

Compreendeu que se tratava de um milagre ao ver a Virgem Maria entregando o menino Jesus nos braços do frade. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu.

Saindo do quarto e percebendo que o conde havia presenciado a cena, pede a ele que só conte o visto após a sua morte. Por esse fato, o santo passou a ser representado carregando nos braços o Menino Jesus.

O dia de Santo Antônio

O dia de Santo Antônio é comemorado em 13 de junho, data de sua morte, e faz parte das comemorações juninas. A veneração ao Santo é difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil.

No Brasil, Santo Antônio é conhecido como Santo Casamenteiro, sendo o dia dos namorados comemorado no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio. Nesse dia, são realizadas simpatias para o santo, com orações e pedidos de casamento. (*Informações do site “ebiografia”). 

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