Apesar da redução de 9,4% nos alertas de desmatamento no Cerrado entre julho de 2024 e julho de 2025 em Mato Grosso do Sul, o município de Nova Andradina aparece entre os dez que mais desmataram o bioma no estado, segundo dados do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta sexta-feira (11).
De acordo com levantamento publicado pelo Campo Grande News, Nova Andradina ocupa a 6ª posição no ranking estadual, com 9,33 km² de área desmatada. O município é superado apenas por Porto Murtinho (24,93 km²), Ribas do Rio Pardo (22,09 km²), Bela Vista (13,03 km²), Sonora (12,34 km²) e Coxim (10,25 km²).
Mesmo com a retração estadual — de 240,9 km² para 218,2 km² nos alertas de desmatamento — especialistas ainda consideram o índice alto. O Cerrado, que predomina em grande parte do território sul-mato-grossense, continua sendo um dos biomas mais afetados pela expansão agropecuária.
Entre janeiro de 2023 e julho de 2024, o desmatamento no Cerrado resultou na emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente a 1,5 vez o total emitido anualmente por toda a indústria brasileira. Em Mato Grosso do Sul, foram cerca de 3,2 milhões de toneladas.
O Cerrado desempenha papel fundamental na regulação climática do país, abrigando nascentes que alimentam mais de 3,4 mil rios. Conforme destacou o Campo Grande News, estudos apontam que o bioma já perde 1.300 metros cúbicos de água por segundo — o equivalente a 30 piscinas olímpicas por minuto — e que a vazão das bacias hidrográficas da região pode cair até 40% até 2050.
Mesmo com avanços no controle e fiscalização, o desmatamento segue como um dos principais desafios ambientais de Mato Grosso do Sul, sobretudo em municípios como Nova Andradina, onde a pressão sobre o Cerrado permanece expressiva.
(*Com informações do Campo Grande News)
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