Publicado em 22/01/2020 às 09:56, Atualizado em 22/01/2020 às 14:12

Moradores de Batayporã lamentam a morte de Dona Marina, pioneira que marcou a história do município

Velório acontece no Centro de Memória “Jindrich Trachta”

José Almir Portela, Redação Nova News
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Imagem: Arquivo da Família

Desde o início da noite desta terça-feira (20), quando foi noticiada a morte de Marina Trachta, centenas de pessoas, sendo em sua maioria, moradores de Batayporã, vêm se manifestando, principalmente através das redes sociais, demonstrando pesar pela partida de uma de suas figuras mais ilustres.

Dona Marina, como era carinhosamente conhecida por todos, tinha um jeito peculiar. Mulher forte e que trazia consigo a coragem, fé e determinação na luta que ajudou a construir a história social e cultural de Batayporã.

A sul-mato-grossense nata, nascida em Ponta Porã e casada com Jindřich Trachta, também já falecido, chegou às terras fundada por Jan Bata em meados dos anos 50, e, ao longo de toda sua vida, quase centenária, construiu um legado que se transformou em história, contada através de relatos que se encontra expostos no Centro de Memória, uma espécie de museu, ficando à disposição das próximos gerações.

Matriarca da família Trachta, Marina sempre era uma das figuras mais procuradas quando se tratava de relatos sobre a história do munícipio. Mãe de cinco filhos, 15 netos, 21 bisnetos e dois tataranetos, a ponta-poranense de nascença e batayporãense de coração, sempre foi amante do bom chimarrão e da cervejinha com os filhos e netos na roda de bate papo. Uma de suas frases imortalizadas e contadas pelos netos, é que ela sempre dizia: “O segredo de viver tanto tempo é abraçar, beijar e tomar cerveja”, dizia.

Como já foi dito, pelas redes sociais, muitas são as manifestações. Em uma foto onde aparece conversando com Dona Marina, sua filha, a professora aposentada e ex-vereadora Nida, escreveu: "Eu e ela... Ela e eu...Ops... De hoje em diante, só eu... Ela foi morar na Casa do Pai, lá onde não tem dor nem sofrimento. Meu coração está partido, mas repleto de gratidão por ela ter aceitado ser minha mãe..."

Já o neto Milan Trachta, disse: “Como ficará a roda do mate agora? Como ficaremos sem suas risadas? Como ficarei sem a sua companhia nas festas pra dividir aquele copo de cerveja? Enfim, como ficaremos sem VOCÊ?”, questionou.

Outro neto, o médico veterinário e cônsul honorário da República Tcheca em Mato Grosso do Sul, Evandro Trachta, usou as redes para comunicar oficialmente o falecimento da avó. Ele também agradeceu as centenas de mensagens de apoio escrevendo: “A família Trachta agradece todas as mensagens de conforto recebidas até agora. Elas nos mostram o quanto era querida. Nos sempre lembraremos dela com alegria, gratidão e muita saudade”.

Também familiares, amigos, conhecidos e políticos se manifestaram sobre a morte da pioneira. Este foi o caso do vereador Germino Roz, que através de sua página disse: “Quem conheceu Dona Marina Trachta tirou a sorte grande, uma mulher de fibra, ser humano iluminado, uma alegria inconfundível e inigualável. Meus sentimentos aos familiares, Dona Marina está nos braços do Pai”.

O velório de Dana Marina acontece no Centro de Memória que leva o nome de seu esposo, o saudoso "Jindrich Trachta", localizado a Rua José Antônio Mourão, 1756, região central da cidade de Batayporã. Ainda de acordo com a programação anunciada por familiares, às 15h30 desta quarta-feira (22), será celebrada uma Missa no Oratório do Menino Jesus de Praga. Em seguida, o corpo será sepultado Cemitério Municipal.