Publicado em 24/11/2025 às 17:43, Atualizado em 24/11/2025 às 20:45
Objetivo da operação é preservar estoques de água nos reservatórios localizados na cascata do rio Paraná.
Seguindo determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a CESP (Companhia Energética de São Paulo) iniciou, nesta segunda-feira (24/11), a redução gradativa e controlada da vazão mínima defluente da UHE Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera). A medida visa a preservação dos níveis de armazenamento dos reservatórios da bacia do Rio Paraná, incluindo os dos rios Grande e Paranaíba, e garantir a segurança eletroenergética do país levando em consideração condições sistêmicas previstas para os próximos dias
De acordo com a determinação do ONS, o patamar mínimo defluente deverá ser reduzido de forma gradual e controlada em patamares de 100 m³/s por dia, passando dos atuais 4.600 m³/s para 3.900 m³/s, a ser atingido nos próximos dias após o início da operação. Segundo o ONS, o retorno aos patamares anteriores depende de análise das condições hidroenergéticas e meteorológicas. "Importante esclarecer que as operações de vazão, tanto na UHE Porto Primavera como de todas as hidrelétricas do país, são controladas pelos órgãos competentes do setor, que levam em consideração uma série de fatores, entre eles a demanda energética e condições hidrometereológicas em toda a bacia, não somente na região onde a usina está implantada", reforça Fernando Sestari, gerente do Centro de Operações da companhia.
Durante o período de flexibilização, a companhia irá manter o Plano de Trabalho para conservação da biodiversidade, aprovado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e iniciado em maio, que inclui as diretrizes para o monitoramento socioambiental na área de influência da usina no Rio Paraná, nos trechos compreendidos entre a jusante da UHE Porto Primavera e a foz do rio Ivinhema.
Entre as ações previstas no plano, está o empenho de equipes embarcadas com profissionais da área, incluindo biólogos, para monitorar qualidade da água e conservação e comportamento dos peixes durante o período de flexibilização. As equipes estarão munidas de equipamentos para a coleta de dados e amostras em campo e kits para resgate e/ou retirada de peixes, caso haja necessidade. A CESP também irá utilizar drones no monitoramento, principalmente em áreas de difícil acesso. Toda a ação será coordenada por uma equipe em solo e será devidamente reportada e acompanhada pelos órgãos ambientais competentes.