A Polícia Militar Ambiental (PMA), coloca, a partir desta quarta-feira (18), cerca de 280 homens a campo em operação preventiva e combate aos crimes ambientais no Estado. A ção durará até 08h de segunda-feira, (23). A Operação Corpus Christi objetiva colocar o efetivo nos rios, em barreiras nas estradas, fiscalização em propriedades rurais, em locais de belezas naturais de prática de turismo cênico e de recreio e outras variáveis de interesse ambiental, para prevenir e combater infrações e crimes que possam degradar estes recursos naturais.
A sede, em Campo Grande, contará com três equipes itinerantes agindo em todo território do Estado. A PMA espera um grande fluxo de turistas locais e de outros Estados. Portanto, a fiscalização será intensificada nos rios para evitar a pesca predatória, porém, o combate ao desmatamento, caça, às carvoarias ilegais e ao transporte de carvão e de outros produtos florestais, bem como demais crimes contra a flora será intensificada.

Outros tipos de crimes serão coibidos nas barreiras da PMA, como ocorre nos trabalhos rotineiros, quando são apreendidas diversas mercadorias contrabandeadas, drogas e ainda grande quantidade de armas de fogo. Na "Operação Cospus Crhisti" do ano passado foram 18 pessoas autuadas, que receberam quase R$ 44.640,00 em multas.
O caso de captura de pescado em tamanho inferior ao permitido, com petrechos proibidos, em local proibido e em quantidade superior à permitida constitui crime e infração administrativa. A pessoa pode ser presa em flagrante, ter todo material apreendido, se condenada ao final do processo, pegar pena de um a três anos de detenção e ainda receber multa de R$ 700 a R$ 100 mil.

A PMA alerta aos pescadores que tirem sua licença ambiental de pesca do Estado de Mato Grosso do Sul, com opção de preço a partir de R$ 9,30 para a pesca mensal desembarcada. A falta deste documento constitui infração administrativa, cabendo multa e ainda apreensão dos produtos, petrechos de pesca, barcos e motores. A licença pode ser retirada no site www.imasul.com.br.
Os pescadores podem ter acesso aos manuais de pesca 2014, com todas informações sobre a legislação, nos postos da PMA e com equipes de fiscalização da PMA em todo Estado, ou no site www.pma.ms.gov.br.
PMA: Batayporã X Nova Andradina
O Grupamento da Polícia Militar Ambiental de Batayporã, responsável pelo por coibir e reprimir os crimes ambientais em toda a região, recentemente foi tema de polêmica. Durante sessão ordinária realizada na Câmara Municipal de Nova Andradina, os vereadores Mário Ferreira de Oliveira (Marião da Saúde) e Newton Luiz de Oliveira (Nenão) solicitaram a transferência da unidade para a cidade de Nova Andradina.
A sugestão dos legisladores consiste em instalar o GPMA na matinha, como é conhecido o Parque Ambiental de Nova Andradina, com o objetivo de proteger a área. Já temos aqui o 8º Batalhão da Polícia Militar e o 3º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros. A instalação da PMA poderia proteger a fauna e flora, além de revitalizar o parque e inibir a ação de bandidos que rondam aquela área, assegura Marião da Saúde.

Autor de diversas proposituras em defesa do meio ambiente, Nenão recordou que vem tentando uma solução para resolver os problemas de segurança, falta de limpeza e abandono da matinha desde o ano passado. Porém, até agora não obteve sucesso em sua empreitada. Segundo texto divulgado pela Câmara de Nova Andradina, a indicação a respeito da transferência foi aprovada.
O documento foi encaminhado para secretarias de governo, órgãos de comando da Policia Militar e políticos. É uma luta em defesa da preservação ambiental, da saúde, urbanismo, lazer e segurança pública. Vamos aguardar o posicionamento das autoridades competentes, declara Nenão.
- Na tentativa de proteger a matinha, vereadores pedem transferência da PM Ambiental de Batayporã para Nova Andradina
- Câmara de Batayporã rebate pedido de transferência da PMA para Nova Andradina
Por outro lado
A possibilidade de transferência da PMA para Nova Andradina gerou desconforto na classe política de Batayporã, que vê a indicação dos vereadores da cidade vizinha como uma falta de respeito. Em sessão ordinária da Câmara Municipal de Batayporã, foi encaminhado requerimento a várias personalidades políticas, solicitando a permanência da sede do GPMA, no município de Batayporã.
No documento, os vereadores também retrataram a indignação, diante do pedido feito pelos vereadores Nenão e Marião da Saúde, de Nova Andradina, solicitando a transferência da PMA, para aquela cidade. Membros da comunidade Batayporaense afirmam que o desejo dos vereadores de Nova Andradina em remover a PMA de Batayporã seria um desrespeito à população. Eles afirmam que o município está localizado de forma estratégica na divisa com outros estados, conta com grandes áreas verdes e tem em seu território o Rio Paraná, muito visado por percadores que praticam a atividade de forma ilegal.
Segundo o prefeito de Batayporã, Beto Sãovesso (PSDB), durante evento do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), realizado em Dourados, no mês de maio, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, afirmou que não haverá mudanças e que a sede da PMA permanecerá na cidade de Batayporã.
Em recente passeio ecológico realizado no Rio Bahia, em Batayporã, o superintendente da Pesca e Aquicultura do Estado de Mato Grosso do Sul, Cesar Moura, que na oportunidade, elogiou a atividade, anunciou a reforma na sede do Destacamento da Policia Militar Ambiental de Batayporã, e, também, a entrega de novas viaturas, que nas palavras dele, irá aperfeiçoar ainda mais os trabalhos do militares naquele município e em toda a sua área de atuação.

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