Entre os galhos de uma árvore, no cruzamento das ruas Walter Hubacher e João de Lima Paes, em Nova Andradina, vive há cerca de três anos um homem que se apresenta como Alvani Alves da Silva, de 48 anos. Sua moradia é um improviso de madeira e papelão montado na forquilha da árvore.
Sem documentos — que, segundo ele, teriam sido roubados há aproximadamente três meses —, afirma ter nascido em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco.
Comunicativo e cheio de histórias, relata passagens curiosas: diz já ter jogado em times profissionais de futebol ao lado de grandes nomes, além de ter exercido diversas profissões. Ainda assim, não sabe explicar como chegou a Nova Andradina nem como passou a morar em cima de uma árvore.
“Já vieram aqui, inclusive a polícia. Não tenho documento, disse a eles. Pode puxar meu nome aí, não devo nada para a Justiça”, contou.
Sobre a inclusão em programas sociais, afirmou nunca ter sido procurado por assistentes nem recebido apoio nos últimos anos. Para sobreviver, faz pequenos bicos pela cidade.
Grande parte do tempo, segundo ele, é passada próximo ao terminal rodoviário, onde utiliza a torneira dos banheiros para lavar roupas e se manter minimamente higienizado.
O caso é o retrato de milhares de brasileiros que, de forma invisível, vivem à margem da sociedade, sem moradia digna, sem renda fixa e sem perspectivas.
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