Publicado em 24/09/2020 às 07:40, Atualizado em 24/09/2020 às 11:43

Com Precoce MS, produtor rural melhora nutrição animal e valoriza produção

Dados oficiais mostram que de 2007 a 2020 foram abatidos 2,715 milhões de animais pelo programa

Subsecretaria de Comunicação,
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Imagem: Chico Ribeiro

O programa Precoce MS completou quatro anos da sua restruturação em 2020. Para produtores rurais do Estado, a mudança trouxe um novo olhar, aumentou a bonificação, reforçou os pontos fortes da propriedade rural e resolveu alguns patamares que ainda precisavam de modificação para potencializar a produção pecuária.

Este é o caso do produtor rural Ricardo Buonarotti, de Ribas do Rio Pardo, que já tinha aderido ao programa na formação inicial e aprovou a reformulação: “Como nós participávamos do modelo antigo, achávamos que nesse novo formato seria mais difícil, mais trabalhoso e talvez com uma bonificação menor, mas estávamos enganados”.

Buonarotti reforça que o resultado, em termos de remuneração e sistema produtivo, foi positivo. “A bonificação vai até R$ 4,55 a arroba, no nível avançado, com os melhores animais. Eu fechei a minha safra, de junho a julho do ano pecuário, com média de R$ 4,43 por arroba pelo programa, com aumento de 2,2% de todos os abates, com o programa”.

Para o produtor rural, a parte da nutrição ganhou uma atenção extra com a adesão à iniciativa. “Sempre trabalhamos com certo nível de tecnologia, então não tivemos grandes dificuldades para aderir ao programa. Subimos o nível de nutrição dos animais para poder se adequar melhor e para ter mais fatores positivos em relação ao protocolo que o programa exige, para entrar no programa no nível mais avançando, que é o que bonifica melhor”.

“A gente produz animais jovens, pesados, e bem acabados, com certeza o bônus, vem como um prêmio, porque a gente já ganha diretamente, uma maior lucratividade, na propriedade com esse tipo de produção”.

Balanço

Dados oficiais do programa mostram que de 2007 a 2020 foram abatidos 2,715 milhões de animais pelo Precoce MS, sendo 642,5 mil apenas em oito meses de 2020. Já foram pagos R$ 144,6 milhões em incentivos e a média do valor pago que somava R$ 59,20 em 2017, chega a R$ 75,15 em 2020.

Mato Grosso do Sul tem 19 frigoríficos credenciados para abater animais via Precoce MS, e outros três em fase de credenciamento. São 759 profissionais responsáveis técnicos habilitados e 2.240 estabelecimentos rurais cadastrados.

Reconhecimento

No início deste mês, Mato Grosso do Sul conquistou o primeiro lugar no Prêmio de Boas Práticas do Consórcio Brasil Central, por incentivar a modernização na criação de carne bovina. O destaque na categoria Desenvolvimento Econômico, representa o reconhecimento do trabalho realizado pelo Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), junto ao Precoce MS.

Para o secretário da pasta, Jaime Verruck, o Precoce MS é uma referência para o Estado e por seus resultados positivos tem sido usado como exemplo para outras cadeias, como a suinocultura, por exemplo. “A pecuária de Mato Grosso do Sul caminha para transformar-se em referência de carne de qualidade no país graças ao investimento em um programa de política pública, feito pelo Governo do Estado, que é o Precoce MS. O sistema de controle que estabelecemos hoje no programa nos dá tranquilidade em fazer essa projeção”.