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Como criar uma reserva de emergência

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Foto: Pixabay

Em tempos de crise, é comum que os brasileiros se preocupem com o futuro financeiro. Em um país onde a instabilidade de empregos é uma realidade, ter uma reserva de emergência é uma estratégia para enfrentar momentos difíceis e aproveitar oportunidades. Diante de uma pandemia, guardar dinheiro tem sido cada vez mais urgente.

Segundo dados do Banco Central, o saldo da Caderneta de Poupança em setembro chegou a R$ 1 trilhão pela primeira vez na história. O volume de depósitos superou o de saques em R$ 13,2 bilhões, indicando que a crise sanitária tem chamado a atenção do brasileiro para a necessidade de poupar.

Mas criar uma reserva pode não ser uma tarefa tão simples para o trabalhador mais desorganizado. Entender a importância de economizar, colocar no papel as despesas fixas mensais, mudas hábitos e projetar objetivos são as principais técnicas para poupar dinheiro.

O que é a reserva de emergência

A reserva de emergência pode ser entendida como uma poupança que permite a formação de um fundo para situações imprevistas. Isso não está associado somente a questões negativas, podendo esse recurso ser destinado também a oportunidades.

Deve ser entendida como um “colchão de segurança” não só para pessoas, mas também para empresas. No caso do indivíduo que perder o emprego, por exemplo, ter uma reserva de emergência pode ser o suficiente para que ele mantenha sua qualidade de vida durante o período necessário para se recolocar profissionalmente.

Como formar uma reserva de emergência

A primeira tarefa é colocar os ganhos e gastos mensais no papel para chegar ao custo de vida. Havendo alguma sobra, é desse valor que deve sair o investimento que vai formar a reserva. Se não houver sobra, é hora de recorrer a cortes ou a fontes alternativas de geração de renda.

Com a prática de colocar as movimentações no papel, passa a ser possível controlar os gastos de tal maneira que a pessoa visualize seu fluxo financeiro. Isso permite a identificação daquilo que é essencial e do que não é. Contas como luz, água, aluguel, entre outras, têm maior importância do que gastos com entretenimento. As despesas fixas não costumam permitir mudanças bruscas dentro do orçamento.

Como definir o tamanho da reserva

Anotando os gastos, o indivíduo consegue identificar seu custo de vida e, a partir daí, estabelecer o grau de segurança que a reserva precisa oferecer. Alguém que tem o custo de vida de R$ 1 mil mensais, por exemplo, precisa de R$ 3 mil para ter três meses de contas pagas, R$ 6 mil para um semestre de contas quitadas e R$ 12 mil para um ano fechado. Quanto mais se economiza, maior proteção financeira.

Um indivíduo que precisa de R$ 2 mil para passar o mês e que reúne R$ 24 mil em sua reserva de emergência, certamente terá mais tranquilidade para passar por um período de desemprego do que alguém que não pensou em formar uma reserva de emergência.

Esse raciocínio faz toda a diferença em termos de segurança para o investidor. É importante que a pessoa estabeleça objetivos financeiros, pois isso pode funcionar como motivação para uma mudança de hábitos.

Como investir para formar uma reserva de emergência

Por se tratar de um tipo de investimento voltado para a proteção financeira, a reserva de emergência precisa ser formada em um ativo seguro, como os apresentados no mercado de investimentos de renda fixa.

Neste caso, existe uma proteção maior, especialmente em títulos públicos, quando o dinheiro do investidor é garantido na sua integralidade pelo governo. Ainda assim, é possível investir em soluções privadas, com a salvaguarda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até R$ 250 mil por CPF.

Vale a pena observar a liquidez, que permite ao investidor fazer o resgate do seu dinheiro com maior ou menor velocidade. Aplicações seguras e com rápida liquidez geram pouca rentabilidade.

O Tesouro Selic aparece como a melhor opção entre as que o Tesouro Direto apresenta, sendo acompanhado de perto por ativos de natureza privada como CDB’s e Letras de Crédito.

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