Publicado em 01/12/2020 às 10:05, Atualizado em 01/12/2020 às 21:37

Decisão sobre bandeira vermelha "da noite para o dia" desprograma consumidor, alerta Concen

Concen,
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Imagem: Acácio Gomes / Arquivo / Nova News

Na noite desta segunda (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, em reunião extraordinária, reativar a sistemática de acionamento das bandeiras tarifárias e já anunciou a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de dezembro de 2020, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos valendo a partir desta terça (01). Uma decisão motivada pela queda no nível de armazenamento dos reservatórios de hidrelétricas, porém, que pega o consumidor de surpresa em momento delicado.

"Havia um compromisso público firmado pela Aneel de manter a bandeira verde, ou seja, sem acréscimos, até 31 de dezembro e com base nisso o consumidor planejou seu orçamento familiar, as empresas planejaram seus custos. Não houve uma sinalização ao consumidor de que o cenário mudou e que seria necessária a retomada das bandeiras, por isso, repudiamos a forma como foi a decisão foi adotada", diz a presidente do Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS, Rosimeire Costa.

Ela destaca que a adoção da bandeira vermelha em patamar 2 é uma sinalização dos custos da energia elétrica e que este mecanismo é adotado para evitar uma explosão na conta no momento do reajuste da energia elétrica, quando já vem com a inflação aplicada. "Isso porque quando os reservatórios estão com níveis baixos é preciso despachar as termelétricas que têm energia mais cara".

Com a vigência, a partir desta terça (01), da bandeira vermelha, patamar 2, a presidente do Concen alerta que o consumidor precisa redobrar a atenção, especialmente porque as temperaturas seguem elevadas e o uso de refrigeradores e aparelhos de ar condicionado aumenta no período.