Em alta como a maior parte dos alimentos, o pão francês em Nova Andradina já apresenta variação de até 110%, custando de R$ 5 a R$ 10,50 o quilo. O resultado foi obtido através de uma pesquisa de preços feita pelo Nova News em nove estabelecimentos comerciais, considerando padarias e supermercados.
De acordo com o levantamento, quem comprar no local mais barato, que é um supermercado da cidade, gasta, ao longo de um ano, R$ 1.825 adquirindo oito pães (equivalente a um quilo) por dia. Quem, no entanto, optar pelo comércio mais caro, desembolsará R$ 3.832. A economia alcançada somente com os pães será de R$ 2.007, valor suficiente para uma viagem de avião de Campo Grande para Fortaleza (CE).

Segundo uma companhia aérea, duas passagens, hotel e quatro noites na capital cearense, famosa pelas praias e dunas, custa, em alta temporada, R$ 2 mil. Presidente de Associação da Indústria de Panificação, Cássio Barbosa, explicou que a disparidade nos valores do filãozinho ocorre pelo fato de o setor estar perdendo lucratividade por conta do alto consumo de pães industrializados.
Barbosa explicou que, atualmente, jovens e menores de 18 anos são uma fatia de mercado perdida. Isso porque optam pelo pão industrializado em relação ao francês. O especialista considerou que esse grupo não possui o hábito de ir à padaria para comprar pão e, no sentido financeiro, é um público perdido.
Por outro lado, na tentativa de ganhar força no mercado, os estabelecimentos, em especial, às padarias, se reinventam para sobreviver, voltando-se para alimentação, por meio do oferecimento de café da manhã e lanches.
Outro ponto destacado é que fica a critério dos próprios empresários estipularem o valor do produto conforme o perfil do cliente. Donos de padaria ainda encarecem o produto por causa da alta do trigo.
Já nos supermercados, o pão é mais em conta devido à variedade de mercadorias expostas e descontos na farinha de trigo pela compra em grandes quantidades.
Economista da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Francisco Crocomo, orienta o consumidor a pesquisar e a buscar pelo comércio que tenha um preço que melhor caiba no bolso nesse período de crise e alta no desemprego.
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