Publicado em 25/11/2020 às 07:50, Atualizado em 25/11/2020 às 11:54

Juíza de MS, que atuou em Nova Andradina, é premiada pela Embaixada dos EUA

Jacqueline Machado atualmente é titular da 3ª Vara de Violência Doméstica de Campo Grande

TJ-MS,
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Imagem: Divulgação

A juíza sul-mato-grossense Jacqueline Machado, que atuou em Nova Andradina entre 06/04/05 e 18/02/16 e que atualmente é titular da 3ª Vara de Violência Doméstica de Campo Grande, foi uma das oito vencedoras nacionais do prêmio "Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2020", promovido pela Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil. A premiação foi anunciada nesta terça-feira (24) e homenageia mulheres brasileiras que impactaram positivamente em suas comunidades, servindo como inspiração para outros cidadãos.

Jacqueline Machado é uma das principais ativistas do Brasil na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e foi a força motriz por trás da criação da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, o primeiro centro de parada única do país que auxilia sobreviventes de violência doméstica. É lá que funciona a 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, que foi a primeira vara do país a atuar especificamente na análise de medidas protetivas.

Sobre a premiação, a magistrada comentou: “Não trabalhamos por reconhecimento, mas pela proteção e dignidade das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Também pela garantia dos direitos daqueles que são acusados. Mas, quando esse trabalho é visualizado por instituições de fora do Judiciário, temos a certeza que estamos no caminho certo e que o esforço diário está surtindo efeito. Para mim, atuar como magistrada nessa área é vocação e receber esse prêmio é uma honra”.

A juíza esteve à frente da Coordenadoria da Mulher do TJMS desenvolvendo ações pioneiras no combate à violência contra as mulheres no Estado por meio de projetos como o "Mãos EmPENHADAS contra a Violência", que ensina esteticistas e manicures a identificar sinais de violência de gênero e direciona clientes para a rede de apoio. Atualmente, é presidente do Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid).

Ela também é apoiadora do “Florescer”, uma unidade móvel que se comunica com as mulheres rurais para conscientizá-las sobre os direitos da mulher. A magistrada falou na Conferência das Nações Unidas sobre Comunicação, Saúde e Direitos da Mulher em Campo Grande e Dourados, em 2019. A magistrada participa com frequência em programas de rádio e TV em Mato Grosso do Sul sobre seus projetos de prevenção da violência de gênero.

Saiba mais – O prêmio "Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2020" homenageia mulheres brasileiras que estão na linha de frente dos desafios locais, nacionais e globais e também aquelas nos bastidores, trabalhando para romper barreiras para promover mudanças positivas à sociedade brasileira, por meio de iniciativas econômicas e ambientais, engajamento cívico, inclusão e os direitos dos migrantes e refugiados, políticas de minorias religiosas e étnicas, comunidades indígenas, mulheres com deficiência e outros grupos historicamente marginalizados.