Publicado em 08/08/2020 às 10:59, Atualizado em 08/08/2020 às 15:02

Pai e filho no Corpo de Bombeiros Militar: União, companheirismo e coragem para salvar vidas

Além dos laços de sangue, subtenente J. Alves e o filho, soldado José Lucas Araújo Alves, têm outro aspecto em comum: fazem parte da mesma corporação

Acácio Gomes, Redação Nova News
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Pai e filho juntos no Corpo de Bombeiros Militar com a missão de salvar vidas - Imagem: Acácio Gomes / Nova News

União, companheirismo e coragem para salvar vidas são alguns dos aspectos elencados pelo subtenente Juraci Alves, o "J. Alves", de 55 anos, e por seu filho, o soldado José Lucas Araújo Alves, de 25 anos, com relação ao fato de ambos integrarem o Corpo de Bombeiros Militar em Nova Andradina.

O pai

Para o subtenente J. Alves, morador de Nova Andradina, que conta com quase 35 anos de serviço, a sensação de colaborar com a sociedade, por si só, é algo especial, mas fazer isso ao lado do filho, em suas palavras, é uma emoção quase indescritível.

“Sempre nutri uma esperança de que meu filho entrasse para a corporação, pois eu percebia que ele admirava a minha profissão. Quando criança, em Ponta Porã, cidade onde morávamos anteriormente, sempre que possível, ele queria ir comigo para os plantões e até uma farda tivemos que fazer para que ele participasse de desfiles e outras solenidades”, revela J. Alves.

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Subtenente J. Alves e o filho, soldado José Lucas Araújo Alves, já vivenciaram as mais diversas situações no trabalho - Imagem: Arquivo Pessoal

“Já em Nova Andradina, quando ele me telefonou e disse que havia sido aprovado no concurso, em 2015, senti uma alegria imensa, pois sabia que seria algo muito especial tê-lo ao meu lado aqui na corporação para juntos e contanto com todos os demais integrantes, desempenharmos nossa missão”, pontua o pai.

Questionado sobre como é trabalhar ao lado do filho, J. Alves explica que no Corpo de Bombeiros Militar o profissionalismo vem em primeiro lugar, mas é algo impossível deixar de lado o olhar de pai. “Sempre há a preocupação para que ele não se machuque, para que não sofra nenhum acidente. Além disso, ele é meu parceiro, meu amigo e me ajuda muito dentro e fora da corporação”, afirma.

“Gostaria que o José Lucas ficasse no Corpo de Bombeiros Militar por uns 30 anos, assim como eu, mas sei que ele é jovem, segue com seus estudos e entendo que podem surgir outras possibilidades, mas posso garantir que atuar ao lado do meu filho em uma profissão tão especial como a nossa é simplesmente maravilhoso”, comenta.

O filho

O soldado José Lucas Araújo Alves, 25 anos, que ingressou no Corpo de Bombeiros Militar em 2016, após ser aprovado no concurso público de 2015, não esconde a emoção de fazer parte da vida do pai, também no âmbito profissional.

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Desde criança José Lucas Araújo Alves já sonhava em seguir os passos e o exemplo do pai - Imagem: Acácio Gomes / Nova News

“O exemplo do meu pai me influenciou muito quanto decidi prestar o concurso e entrar para o Corpo de Bombeiros Militar. Desde a década que antecedeu meu nascimento meu pai já era bombeiro, pois tenho 25 anos e ele exerce essa profissão há quase 35 anos. Para mim foi algo natural querer seguir os passos dele”, afirma.

“Gostava da profissão dele desde quando eu era pequeno e isso fez brotar em mim muito amor e o forte desejo de fazer parte da corporação. Como ele já disse, quando criança eu o acompanhava nos plantões e queria fazer parte desta grande família”, conta José.

Para o soldado, atuar ao lado do pai é responsabilidade dobrada. “Além de pai, às vezes ele é meu comandante nas ocorrências. Mas, além disso, ele é minha grande inspiração. Manifesto aqui toda a minha gratidão pelo incentivo, pelo apoio e pelo amor dentro e fora do nosso ambiente de trabalho”, diz o soldado.

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Soldado José Lucas afirma que o pai é sua grande inspiração - Imagem: Acácio Gomes / Nova News

Mensagem

Aproveitando a oportunidade, o soldado José Lucas Araújo Alves afirma que o amor e a compreensão entre pais e filhos é algo muito importante. “Independente de seguirem ou não a mesma profissão, entendo que os pais e os filhos, a família, na verdade, de uma forma geral, deve sempre estar unida em todos os momentos. O amor, a compreensão e a união são valores que precisam sempre ser preservados”.

Por sua vez, o subtenente J. Alves diz que é muito importante que haja entendimento entre pais e filhos, respeito recíproco e bom exemplo. “Filho se cria com bons exemplos. Não adianta o pai cobrar do filho uma postura que ele próprio não adota. Além disso, o amor e o diálogo são pontos fundamentais nessa convivência”, pontua.

J. Alves disse ter ainda outra filha, Luma Araújo Alves, de 32 anos, que mora em Campo Grande e que, em suas palavras, também é motivo de muito orgulho. Ele disse que não poderia deixar de manifestar ainda seu amor à esposa, Maria Araújo Feitosa, de 54 anos, com quem formou sua família. “Amo muito minha esposa e meus dois filhos e sou muito amado por eles também. Neste Dias dos Pais, poder dizer isso é, sem dúvida, o melhor presente e a melhor comemoração”, finaliza.

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Pai e filho destacam que amor, companheirismo e respeito são valores essenciais entre eles - Imagem: Acácio Gomes / Nova News

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