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Duas universidades públicas da Argentina lideram projetos de vacina para Covid-19

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Imagem: Pixabay

A pandemia do novo coronavírus levou as pesquisas científicas a uma situação inédita no mundo: desenvolver uma vacina em tempo recorde. Essa corrida da ciência marcou outro precedente histórico – é a primeira vez que tantos grupos estatais ou privados, de todos os continentes, se dedicam a encontrar uma solução para uma doença.

Mais de 100 projetos de vacina contra a Covid-19 estão sendo testados no mundo, entre os quais estão os liderados por pesquisadores de duas universidades de Medicina da Argentina. São elas a Universidade Nacional de San Martín (UNSAM) e a Universidade Nacional do Litoral (UNL), que contam com equipes focadas em uma fase preliminar do estudo.

O projeto da Universidade de San Martín, inclusive, foi incorporado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), à lista de vacinas candidatas a avaliação pré-clínica. A diretora da pesquisa é Juliana Cassataro, responsável pelo Laboratório de Imunologia, Doenças Infecciosas e Desenvolvimento de Vacinas do Instituto de Pesquisas Biotecnológicas (IIB). Os cientistas da UNSAM fixaram o prazo de até um ano para iniciar os testes, no entanto, evitaram especificar datas exatas devido à dinâmica da pandemia.

Embora o vírus não apresente mutações significativas, a ideia é desenvolver uma vacina baseada nas cepas, que são populações de microrganismos de uma única espécie que circula na Argentina.

Já o outro projeto argentino está a cargo da equipe constituída por cientistas da Faculdade de Bioquímica e Ciências Biológicas da Universidade Nacional do Litoral (UNL) e Conicet (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas), em cooperação com as empresas Cellargen Biotech e Biotecnofe.

Chefiado pelo cientista Claudio Prieto, o grupo de pesquisadores desenvolve uma vacina a partir de partículas semelhantes ao do vírus, com técnicas de engenharia genética. Essa vacina “biossegura”, produzida sem a utilização do vírus SARS-CoV-2, minimiza o risco de infecção.

Panorama do coronavírus na Argentina

Apesar do recente aumento de casos do novo coronavírus na Argentina nos últimos dias, o país mantém uma taxa de letalidade de 1,9% entre o total confirmado, índice bem menor do que o de outros países da América Latina, atual epicentro da Covid-19.

Os motivos desse índice relativamente baixo estão ligados às medidas adotadas pelo governo argentino com relação ao isolamento social preventivo obrigatório, que inclusive foi prorrogado até o dia 16 de agosto, com saídas para atividades essenciais escalonadas e monitoradas.

Mesmo assim o Governo continua lançando campanhas de alerta à população para que não haja relaxamento diante das ameaças do vírus, principalmente na região da Grande Buenos Aires, conhecida como AMBA. Essas regras assumem diferentes formas em outras localidades do interior do País.

Segundo dados globais atualizados pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA), de 11 de agosto, a Argentina registra 253.868 casos de Covid-19, dentre os quais 4.785 foram fatais. Ainda de acordo com os números do painel global da respeitada universidade, no mundo são 20.177.521 de coronavírus, com 738.716 mortes.

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