Publicado em 15/11/2025 às 07:45, Atualizado em 15/11/2025 às 11:50

Caso Vitória: MP garante condenação do 3º acusado por feminicídio e ocultação de cadáver de menina de 15 anos em Ivinhema

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Imagem: Reprodução / Arquivo / Redes Sociais

Após uma longa sessão que durou mais de 11 horas, o Tribunal do Júri de Ivinhema condenou, nesta quinta-feira (13), o terceiro e último réu pelo feminicídio e pela ocultação de cadáver da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos.

O Conselho de Sentença, durante a votação, acolheu integralmente a tese sustentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em plenário, inclusive reconhecendo, em relação ao crime doloso contra a vida, as cinco qualificadoras narradas na denúncia e defendidas pela Promotora de Justiça durante os debates.

Foram reconhecidas, em relação ao crime de homicídio, as qualificadoras do feminicídio, do motivo torpe, do emprego de asfixia, da dissimulação e do uso de outro recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ao término da votação, o Juiz Presidente proferiu sentença, aplicando ao acusado a pena definitiva de 19 anos e 8 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. O total das penas dos condenados é de 60 anos e 6 meses de reclusão.

O julgamento, presidido pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches, começou às 08h30 e se estendeu até as 19h45. O Ministério Público , representado pela Promotora de Justiça Lenize Martins Lunardi Pedreira, apresentou provas contundentes que demonstraram a responsabilidade do réu nos crimes.

A atuação do MPMS foi considerada central em todas as etapas do processo, desde a investigação inicial até a sustentação em plenário, garantindo que os crimes fossem apurados e que os réus respondessem integralmente por seus atos.

Com esse resultado, todos os três acusados pelos crimes cometidos em janeiro de 2022 foram responsabilizados pela Justiça, encerrando um ciclo que marcou a cidade e teve repercussão nacional.

Relembre o caso

A adolescente havia desaparecido na noite do dia 25 de janeiro de 2022 e foi encontrada morta em 29 de janeiro de 2022, em uma área coberta por vegetação e com solo alagadiço (encharcado por água), próxima a um córrego local.

Os outros dois acusados foram condenados em 24 de abril de 2025, após mais de 13 horas de sessão. Um réu foi condenado à pena de 19 anos e 8 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, enquanto o outro foi apenado com 21 anos e 2 meses de reclusão, também em regime inicial fechado.

Com a condenação do terceiro réu, termina o ciclo de julgamentos sobre o caso da adolescente. A Justiça conseguiu responsabilizar todos os envolvidos, trazendo algum alívio à família e reafirmando a importância da atuação do Ministério Público na proteção de vítimas de crimes graves e na defesa da sociedade.