Publicado em 04/02/2020 às 08:01, Atualizado em 04/02/2020 às 21:28

Criminosos usam nome de empresa de Brasília (DF) e aplicam golpe em Batayporã

Um morador da cidade sofreu prejuízo de R$ 5 mil

Acácio Gomes, Redação Nova News
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Caso deverá ser registrado na Delegacia de Polícia Civil e investigado pelas autoridades - Imagem: Arquivo / Nova News

Nos últimos dias, criminosos que usavam o nome de uma empresa de engenharia de Brasília (DF), aplicaram golpe em Batayporã. Um morador da cidade, dono de um restaurante, sofreu um prejuízo de R$ 5 mil.

Conforme apurado pelo Nova News, os autores entraram em contato com a Prefeitura Municipal em nome de uma empresa de engenharia da Capital Federal dizendo que a haviam obtido concessão para montagem de torres de transmissão e redes de fibra ótica na região.

Os golpistas teriam solicitado à Prefeitura Municipal que providenciasse hotel, restaurante para o grupo de aproximadamente 70 pessoas que, nas palavras dos criminosos, chegaria nos próximos dias para iniciar as atividades. Eles também pediram um barracão para guardarem máquinas e ferramentas.

Agindo de boa fé, servidores da prefeitura teriam procurado um hotel e um restaurante da cidade para que eles atendessem a suposta empresa, sendo que os contatos foram fornecidos para que a negociação fosse formalizada.

No caso do restaurante, os criminosos solicitaram os dados da empresa e chegaram até mesmo a enviar um contrato para que o estabelecimento fornecesse café da manhã, almoço e jantar para todos os trabalhadores durante os meses de duração da suposta obra.

Foi exigido do dono do comércio, um depósito de R$ 5 mil que seria referente ao imposto da nota fiscal pelos serviços que seriam prestados. A vítima, acreditando na idoneidade dos contratantes, depositou a quantia.

“Eles disseram que iriam chegar aqui em 27 de janeiro e que tinham pressa em celebrar o contrato. Dias antes eu fiz o depósito que eles solicitaram sendo que, após isso, eles inventaram uma história de que um dos diretores da empresa havia falecido e que as atividades estariam suspensas até a eleição de uma nova diretoria. Após isso, eles não devolveram o valor pago e não mais entraram em contato”, disse o dono do restaurante.

Outro ponto destacado pela vítima é que como foi feito um contrato, os golpistas acabaram obtendo dados de documentos do restaurante. “Tenho medo que estas informações possam ser usadas pelos criminosos e me causem ainda mais prejuízo”, afirmou, ao dizer que pretende registrar um boletim de ocorrência e tomar as devidas providências.

A vítima relatou que o restaurante, localizado à margem da MS-276, está fechado a alguns meses, e que o contrato de alto valor seria a chance de que o negócio fosse retomado. “Não quis perder a oportunidade e acabei caindo em um golpe”, lamentou.

O Nova News apurou que os golpistas tentaram a mesma estratégia junto ao responsável pelo hotel, que também fica às margens da MS-276, porém, o dono da hospedagem teria se recusado a efetuar qualquer depósito sem que a antes a suposta empresa de engenharia repassasse o montante referente ao serviço que seria prestado.

Em contato com a Prefeitura de Batayporã, servidores disseram que os golpistas possuem amplo conhecimento do ramo em que dizem atuar e que nos contatos que foram feitos por meio do telefone fixo do Paço Municipal, se mostraram altamente profissionais.

“No primeiro momento, de fato, pareceu se tratar de uma empresa séria, porém, quando dissemos que iríamos checar os dados da suposta concessão para construção das torres e instalação de fibra ótica alegadas por eles, os golpistas não mais mantiveram contato conosco. Infelizmente o dono do restaurante acabou se tornando uma vítima”, disse um servidor do município.

“De fato esta empresa existe, mas fica em um município diferente do informado pelos golpistas. Ficou claro que eles usaram sem autorização o nome de uma empresa verdadeira para aplicar o golpe. Empresários de Batayporã e de outras cidades da região precisam estar atentos para não se tornarem novas vítimas”, finalizou o servidor municipal.