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Delegado de Angélica detalha desdobramentos do caso da mulher que morreu no HR de Nova Andradina

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Graciane Silva - Imagem: Arquivo

Nesta quarta-feira (28), o delegado de polícia, Dr. Diego Henrique, falou, de forma remota, ao Nova News, sobre os primeiros desdobramentos do caso referente ao óbito de Graciane Silva, de 40 anos, que morreu no domingo (25) no Hospital Regional (HR) de Nova Andradina, onde deu entrada após ser transferida do Hospital da Associação Beneficente de Angélica (ABA).

Conforme noticiado anteriormente, as primeiras informações apontavam para o fato de que Graciane teria morrido, em tese, após sofrer agressões que teriam sido praticadas pelo seu companheiro, uma vez que, quando estava ainda no Hospital ABA, ela mesmo relatou que o marido a teria agredido com vários chutes nas costas, nos ombros e na região abdominal.

Após a morte, ocorrida no HR, o corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi realizado exame necroscópico, cujo resultado foi divulgado nesta terça-feira (27). Ocorre que, conforme o laudo, as lesões encontradas - cujas origens ainda não podem ser comprovadas - não seriam suficientes para causar a morte. “Na verdade, o documento aponta que ela perdeu a vida em decorrência de um quadro de infecção generalizada”, disse o delegado.

“Não estamos descartando que ela tenha sofrido violência, mas, se isso ocorreu, essa não foi a causa da morte. Também verificamos o telefone celular dela e não encontramos nenhum indício de que ela era vítima de violência, inclusive, encontramos no aparelho, por exemplo, filmagens do esposo dela fazendo serviços de casa, dando banho em animais domésticos, enquanto ela gravava e ouvia música, transparecendo um aparente clima de normalidade”, revelou.

Dr. Diego Henrique pontuou ainda que irá solicitar a realização de exame de corpo de delito indireto, com base nos prontuários médicos para que se possa obter mais detalhes que colaborem com as investigações.

A autoridade policial disse ainda ao Nova News que, nas próximas horas, deverá sugerir ao Poder Judiciário a revogação do mandado de prisão temporária que havia sido solicitado contra o esposo de Graciane. “É um caso complexo que exige paciência. Não podemos, de forma precipitada, culpar um inocente e nem deixar um culpado impune, então, precisamos investigar com cautela”, afirma o delegado, ao pontuar que as palavras da mulher, proferidas ainda quando ela estava no Hospital ABA, dizendo que era vítima de violência, devem ser levadas em consideração, mas que, pelo menos até agora, não há provas técnicas que sustentem essa versão.

Conforme apurado pela reportagem, nesta terça-feira (27), após a liberação, o corpo de Graciane Silva foi transladado para ser velado e sepultado no estado no Ceará, onde moram seus familiares. 

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Caso segue sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Angélica - Imagem: Arquivo

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