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"Grito de guerra" dos novos soldados da PMMS gera indignação em diversos setores da sociedade; Governo do Estado emitiu nota lamentando o episódio

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Imagem: Saul Schramm

“Espancar até matar”, “arrancar a cabeça” e “bater até morrer” são alguns dos termos que constam no grito de guerra entoado pelos novos soldados da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), que foram formados na última quarta-feira (31), em solenidade realizada na Capital, Campo Grande.

Conteúdos mostrando os novos policiais cantando uma música com esses dizeres repercutiram pelas redes sociais e causaram indignação em diversos setores da sociedade.

A título de exemplo, os Núcleos Institucionais da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, NUCRIM (Núcleo Institucional Criminal), NUDEDH (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos) e NUSPEN (Núcleo do Sistema Penitenciário) vieram a público expressar veemente repúdio ao grito de guerra.

“O conteúdo do grito, que exalta práticas como ‘espancar até matar’, ‘arrancar a cabeça’ e ‘bater até morrer’, representa apologia explícita à violência, à tortura e ao extermínio, sendo absolutamente incompatível com a missão constitucional da Polícia Militar, que, conforme consta em seu próprio site institucional, é: ‘Servir e proteger a sociedade de Mato Grosso do Sul promovendo segurança cidadã’ “, afirma a Defensoria Pública em seu site oficial.

Após a repercussão negativa do episódio, a PMMS se manifestou, dizendo que o fato não condiz com o padrão da instituição: “A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul lamenta o ocorrido e esclarece que o episódio consiste em uma manifestação isolada, não representando os valores, princípios e o padrão institucional da corporação. A expressão utilizada não foi criada pela instituição e tampouco faz parte de seus protocolos oficiais. A preparação do efetivo inclui disciplinas voltadas à valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária”.

O Governo do Estado também se pronunciou, lamentando o ocorrido e afirmando que a conduta dos novos militares será rigorosamente apurada: “O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul manifesta publicamente seu repúdio a quaisquer condutas que incentivem a violência, e determinou a adoção imediata das providências cabíveis, com rigorosa apuração dos fatos e aplicação das sanções legais previstas”. 

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