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Nova Andradina: mulher acusada de matar “Mirim” é condenada a mais de 19 anos de prisão

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Imagem: Acácio Gomes / Arquivo / Nova News

Nesta terça-feira (20), Bruna Daniela de Oliveira, acusada de matar Valdomiro Pereira, o “Mirim”, de 54 anos, crime ocorrido em setembro de 2023, em Nova Andradina, foi julgada e condenada a mais de 19 anos de prisão.

O julgamento ocorreu nas dependências do Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Nova Andradina, sendo presidido pelo juiz Juliano Luiz Pereira.

Conforme noticiado anteriormente pelo Nova News, “Mirim” foi encontrado já sem vida por vizinhos no dia 12/09/2023 em uma propriedade rural na região de Nova Casa Verde, oportunidade em que as autoridades foram acionadas. No corpo da vítima havia três marcas de disparos de arma de fogo.

As investigações tiveram início e a Polícia Civil apurou que a autora teria uma relação extraconjugal com a vítima, inclusive "Mirim" era amigo do esposo dessa mulher. A vítima teria indicado a vontade de contar para o marido dela dessa relação e a partir desse indicativo, de que o esposo dela iria saber do relacionamento, a autora decidiu executar “Mirim”. Ela teria chamado um comparsa, um jovem identificado como Alex José Alves e oferecido e ele a quantia de R$ 10 mil para que a ajudasse a matar Valdomiro.

Conforme apurações policiais, após traçar um plano para executar a vítima, os envolvidos foram até uma farmácia e compraram um calmante com o intuito de impedir que "Mirim" agisse de forma que atrapalhasse o andamento do crime.

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"Mirim" foi assassinado em setembro de 2023 - Imagem: Arquivo

Em determinado momento, quando o medicamento já havia surtido efeito, a mulher foi até a porteira e buscou o seu comparsa, momento em que eles desligam o padrão de energia, porque a autora tinha conhecimento que a casa possuía sistema de monitoramento.

A mulher teria se deslocado até o carro da vítima e se apossado de uma arma de uso pessoal que tinha conhecimento que ficava guardada naquele local.

Ainda conforme apontaram os depoimentos, no primeiro momento, a mulher teria dado a arma ao comparsa, no entanto, ele não teria conseguido efetuar os disparos. Diante da recusa, ela se apossou novamente da arma e atirou três vezes contra a vítima, que morreu no local. Após a consumação do fato, ambos decidiram, em posse dos dados bancários da vítima, realizar transferências via PIX de sua conta bancária para terceiros.

No decorrer das investigações, a polícia descobriu que uma quantia substancial de dinheiro havia sido retirada da conta bancária da vítima após sua morte.

Em trabalho conjunto da Seção de Investigações Gerais (SIG) com o serviço de inteligência policial de Nova Andradina, o suspeito masculino, de 22 anos, foi localizado em uma rodovia que conecta a cidade ao município de Taquarussu. Durante a entrevista, ele confessou sua participação no crime.

A busca pela mulher suspeita, de 31 anos, levou os investigadores até um posto de combustíveis na cidade de Taquarussu, onde ela foi detida. Durante sua entrevista, ela também confessou sua participação no crime e na subsequente movimentação financeira da conta da vítima.

Após a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia contra Bruna Daniela de Oliveira e Alex José Alves, sendo remetido ao Poder Judiciário.

O julgamento de Bruna Daniela de Oliveira, que até então estava presa em Jateí, foi designado para esta terça-feira (20). Os trabalhos tiveram início pela manhã e foram concluídos no final da tarde, sendo que, ela foi condenada a 17 anos e três meses por homicídio qualificado, dois anos pelo furto e mais 10 dias multa, totalizando 19 anos e três meses de reclusão. Ela seguirá presa em Jateí.

Com relação a Alex José Alves, ele não foi julgado nesta oportunidade e segue no aguardo de julgamento do recurso contra a sentença de pronúncia.

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