Publicado em 10/05/2022 às 10:28, Atualizado em 10/05/2022 às 14:54

Prefeito interino de Angélica é condenado por promover trabalho escravo em fazenda no Mato Grosso

Acácio Gomes, Redação Nova News*
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Imagem: Arquivo

Segundo matéria publicada na manhã desta terça-feira (10) pelo site Campo Grande News, da Capital, o prefeito interino de Angélica, Aparecido Geraldo Rodrigues, o “Boquinha”, é condenado por manter seis empregados como escravos em uma fazenda localizada em Juará (MT).

A publicação informa inclusive que o processo corre na Justiça Federal que estaria, aliás, enfrentando problemas para localizar e intimar o chefe do Poder Executivo de Angélica.

Conforme a notícia, em 2015, uma equipe formada por auditores fiscais do trabalho e policiais foram até a Fazenda Estrela, em Juara. Lá, constatou-se que Aparecido Geraldo Rodrigues, proprietário da área, e seu irmão, ambos na condição de empregadores, de forma livre e consciente, sujeitaram seis trabalhadores a situações subumanas e degradantes de trabalho.

Na denúncia, entre as precariedades enfrentadas pelos trabalhadores estariam o fato de que a água para beber, por exemplo, provinha de um poço ao lado do antigo curral e era filtrada com um pano.

Os trabalhadores também teriam que tomar banho em um córrego perto de onde ficavam instalados e fazer as necessidades fisiológicas ao relento, em um pasto, dentre outras situações degradantes, como falta de energia e camas improvisadas com tábuas e tijolos.

Durante a fiscalização, também teria sido encontrada uma série de irregularidades trabalhistas, sendo lavrados 23 autos de infração em razão da situação de flagrante por lesão à dignidade humana.

Defesa

O Campo Grande News informa ainda que, conforme recente movimentação no processo, Boquinha foi intimado a fornecer telefone e e-mail para que a Justiça possa intimá-lo a se defender das acusações em audiência, que está datada para julho de maneira on-line.

Ele foi advertido de que se não se defender, o Judiciário entenderá que ele não tem interesse de exercer o direito de ser interrogado ou estar presente em juízo, podendo ser considerado também a renúncia ao direito de produzir provas testemunhais no desenrolar da ação.

O prefeito de Angélica parece não se importar muito com o processo, já que sequer indicou sua defesa, motivo pelo qual o Poder Judiciário Federal nomeou um advogado dativo.

Boquinha é prefeito interino de Angélica. Ele foi eleito como presidente da Câmara Municipal e remanejado para assumir o Poder Executivo devido à impossibilidade de exercício do cargo pelo prefeito eleito João Cassuci, cuja candidatura foi impugnada pelo Poder Judiciário devido a supostas irregularidades. (Com informações do Campo Grande News).

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