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Ao afastar aliados, Gilberto repete estratégia que contribuiu para derrota de Hashioka em 2016

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Imagem: Redes Sociais

Gilberto Garcia e Roberto Hashioka têm muito mais em comum além de terem comandado a Prefeitura de Nova Andradina em três oportunidades cada. Eles se revezam no poder desde 2001 e, pela primeira vez em 24 anos, Nova Andradina não terá nenhum deles como opção de voto.

Com Gilberto Garcia como secretário municipal de Finanças, Roberto Hashioka exerceu seu primeiro mandato como prefeito entre 2001 e 2004 e o segundo entre 2005 e 2008, ano em que Gilberto, com o apoio de Hashioka, concorreu a prefeito e assumiu o mandato entre 2009 e 2012.

Em 2012, com a gestão má avaliada, Gilberto decidiu não concorrer à reeleição para apoiar o retorno de Hashioka, que venceria as eleições reunindo uma das maiores alianças político-partidárias da história de Nova Andradina, reassumindo o comando do Executivo municipal entre 2013 e 2016.

No entanto, ao longo de seu terceiro mandato, Hashioka se afastou de aliados históricos, entre eles o próprio Gilberto Garcia, o então vice-prefeito Milton Sena, o ex-governador Adnré Puccinelli, lideranças comunitárias e vereadores que faziam parte da base da gestão, entre eles o ex-presidente da Câmara, Newton Luiz de Oliveira, o Nenão.

A estratégia levou Hashioka a optar por uma chapa pura para as eleições de 2016, quando enfrentaria justamente seus ex-aliados, liderados por Gilberto Garcia e Nenão, como candidatos a prefeito e a vice, respectivamente, além do apoio de Milton Sena, André Puccinelli, Hernandes Ortiz, Marião da Saúde e Vicente Lichoti.

A aliança levou à derrocada de Roberto Hashioka, que perdeu as eleições por apenas 27 votos de diferença. Entre 2017 e 2020, parte do grupo seguiu unido a Gilberto, garantindo uma nova vitória em cima de Hashioka nas eleições de 2020, agora por uma diferença de 1.899 votos.

Contudo, assim como Hashioka, ao longo de seu terceiro mandato como prefeito, entre 2021 e 2024, Gilberto Garcia iniciou uma escalada que o levou a se afastar de aliados históricos. O primeiro a sair foi Marião da Saúde, ainda em 2020, seguido por Nenão e pelo ex-governador André Puccinelli.

Um dos principais articuladores em 2016 e alçado a vice-prefeito entre 2021 e 2024, Milton Sena se viu preterido por Gilberto Garcia ao longo do mandato, chegando a dizer publicamente que foi esquecido pelo prefeito, sendo, nas palavras dele, totalmente ignorado até mesmo em eventos institucionais.

Apesar de ainda exercer a função de vice-prefeito, Milton Sena hoje também trabalha no campo de oposição a Gilberto, tentando viabilizar sua pré-candidatura a prefeito. Quem também se viu afastado por Gilberto, a ponto de, em breve, deixar a gestão, foi o secretário municipal de Saúde, Hernandes Ortiz.

Na mesma linha está o assessor especial Vicente Lichoti, que busca emplacar sua pré-candidatura a prefeito pelo PCdoB. Em 2016, optou por não concorrer à reeleição para vereador justamente para apoiar Gilberto, tendo seguido na gestão ao longo dos mandatos de Gilberto.

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