Publicado em 29/03/2021 às 15:48, Atualizado em 29/03/2021 às 19:50

“A triste marca,” por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon ,
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Imagem: Arquivo Pessoal

A triste marca. Mais de trezentos mil mortos vítimas da Covid – 19. Definitivamente trata-se de uma pandemia de proporções apocalíptica.

Seja como for a forma analítica e aritmética de se chegar a esses números absurdos e assustadores, verdade é, que eles continuam aumentando e somente Deus sabe onde isso vai parar.

Estamos efetivamente no epicentro de uma pandemia que ainda vai se arrastar, pois não temos vacina para imunizar a população.

A maior crise sanitária e hospitalar da história do Brasil, tem somente uma “bala de prata” que é a vacina. Sabemos disso, mas não as tendo, ficamos à mercê de suporte na terapia intensiva para os que ficarem em estado grave da doença. Os que conseguem sobreviver, não raro tem pela frente o desafio da reabilitação para voltar a vida normal.

É a constatação de uma realidade crua e nua, nos impelindo para reflexões mais profundas sobre uma vida passageira, vulnerável e cercada de enigmas.

Ponto a ponto, entre os extremos da vida, do nascer ao morrer, temos a oportunidade de construir uma vida que pode ou não valer a pena. Na riqueza ou na pobreza, a felicidade é uma condição construída por cada um por meio de suas escolhas.

Paira no ar, com essa multidão de pessoas perdendo a vida, um sentimento e uma espécie de som fúnebre e melancólico, que exige equilíbrio para manter vivo o otimismo e as esperanças. Quão vulnerável somos. Os dias não andam fáceis. A pandemia está carcomendo os neurônios das pessoas. Ninguém aguanta mais as restrições (necessárias). Contudo, não é hora de pessimismo e de hipocrisia, mas de esperança pela misericórdia de Deus, da ciência e do equilíbrio dos governantes na condução da crise.

Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista

elizeumuchon@hotmail.com