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“Imagem congelada”, por Elizeu Gonçalves Muchon

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Imagem: Divulgação

Não adianta reclamar o relógio não para. Na ampulheta do tempo já é 2022 faz um bocado.

Contudo, vê-se ao longe, uma imagem congela de 2021.

Dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval. Não é essa minha realidade e por certo não é a realidade de milhões de pessoas que estão em plena atividade para botar o pão na mesa.

Exceção se faz, evidentemente a dois poderes, Legislativo e Judiciário, que trabalham de forma mambembe em janeiro.

A imagem congelada do ano que se passou está encrustada na mente e na alma de boa parte das pessoas. Isso porque, o novo herdou do velho os perrengues que sabemos.

Todavia, é sempre necessário otimismo e fé em Deus. Mas, é preciso lembrar que a pandemia continua. E com um agravante, pois se acoplou a ela uma epidemia de gripe com o subtipo H3N2 do vírus influenza.

É como disse: lá está a maldita imagem congelada como um fantasma, botando terror. Um dragão botando fogo pelas “ventas”, como por exemplo, a declaração de boa parte dos economistas que dizem que o ano que passou foi morto para a economia e que, o ano atual será outro desastre no contexto econômico.

Esperanças e incertezas caminham juntas em uma linha tênue capaz de promover gestos e atitudes desesperadas, impelindo parte da população a comoções nada exitosas para tomar decisões coerentes, diante do cenário e das narrativas bizarras e melancólicas que se apresentam no Brasil. Aliás, essa imagem congelada de 2021, na verdade é a mesma imagem de 2020.

Ou seja, a gangorra continua alucinada em águas turbulentas, embalada pelo samba do crioulo doido.

Tem nada não, este ano é ano de Copa do Mundo e ano de eleições. Será hora de decidir se queremos um país corrupto honesto. Se queremos um país com fome ou não, se queremos um debate programático ou se vamos aderir ao pragmático efêmero e mentiroso das velhas raposas felpudas.

Elizeu Gonçalves Muchon

elizeumuchon@hotmail.com

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