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“Nove anos se passaram,” por Elizeu Gonçalves Muchon

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Imagem: Divulgação

O incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria RS, aconteceu em 27 de janeiro de 2013. A tragédia tirou a vida de 242 pessoas, a maioria jovens. Outras 636 pessoas ficaram feridas, algumas das quais faleceram depois.

Lá se foram quase dez anos para a justiça promover o julgamento dos réus.

É efetivamente decepcionante a morosidade. Quase dez anos. Também é preciso lembrar que após o julgamento em primeira instância, cabe recursos nos Tribunais Superiores. Só Deus sabe quando isso termina.

Olha que estamos falando de um caso que abalou o País e o mundo, com larga visibilidade, com espectro fúnebre, triste e lamentável.

Brumadinho.

Outra tragédia lamentável. O rompimento de uma barragem de rejeitos que matou 272 pessoas e 10 continuam desaparecidas, aconteceu em 25 de janeiro de 2019.

O caso se arrasta de forma alfarrábia na Justiça. Como no caso da Boate Kiss, ficaram os sofrimentos de familiares e amigos, que clamam por justiça.

Fica a pergunta: por que a justiça no Brasil é tão demorada? Deve haver uma explicação.

Quando casos de grande repercussão como esses não são julgados com agilidade e com razoabilidade de tempo, imaginem casos menores e que não tiveram repercussão na mídia.

Creio que a demora seja por falta de Juízes e Promotores, não pode haver outra explicação. Fica difícil se falar em Democracia consolidada quando os sistemas não funcionam.

Elizeu Gonçalves Muchon

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