Publicado em 28/10/2021 às 16:16, Atualizado em 28/10/2021 às 20:18

“O tabuleiro dos presidenciáveis”, por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon,
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Imagem: Divulgação

Para muitos já são favas contadas, Lula e Bolsonaro disputarão o segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem. No entanto, os dois – Lula e Bolsonaro – amargam uma rejeição altíssima.

Por essa e outras razões, algumas lideranças expressivas trabalham forte nos bastidores para viabilizar uma alternativa de “terceira via”, já que Ciro Gomes e o candidato do PSDB – Dória ou Leite – ainda patinam e encontram dificuldades.

Nesse contexto, Sérgio Moro, ex-juiz e estrela da “Lava Jato”, tido como carta fora do baralho por políticos, analistas e imprensa, surpreende em dar sinais claros de que está disposto a fazer uma reentrada triunfal na disputa presidencial.

Em 10 de novembro, ele deve se filiar ao Podemos. Em seguida, sai em turnê de lançamento de seu aguardado livro sobre a Lava Jato.

Tudo isso apresenta ser um aquecimento para o evento maior, o anúncio de sua candidatura para Presidente da República.

Na semana passada, por exemplo, em Maringá(PR), o movimento “médicos contra a corrupção”, colocou na entrada da cidade um outdoor em defesa de Moro. Parece ser pouca coisa, mas o lavajatismo é mais forte do que se imagina e moro pode ser uma mosca na sopa de alguém.

Não é só isso. Outra frente de lideranças sob a coordenação de Gilberto Kassab – ex-prefeito de São Paulo – reúne muita gente em torno do PSD. Rodrigo Pacheco (Presidente do Senado) e potencial candidato a Pres. da República abre a lista.

Kassab reúne ainda, Eduardo Paes, Governador do Rio de Janeiro, Alexandre Kalil, Prefeito de BH, Ratinho JR, Governador do PR, Nelsinho Trad, Senador do MS e uma infindável lista que inclui Geraldo Alckmim que lidera as pesquisas para o Governo de São Paulo e deve se filiar ao PSD.

Existe de fato uma grande articular em torno de um nome, que pode incluir, inclusive o PSDB, caso Leite vença as prévias de Dória, ele já avisou que pode apoiar um nome alternativo para derrotar Lula e Bolsonaro.

Rodrigo Pacheco, segundo marqueteiros e analistas, deve oficializar seu nome como candidato, inclusive já tem uma linha de inspiração para a campanha que será e/ou seria, o ex-Presidente JK, mineiro que construiu Brasília.

É óbvio que há, de fato, uma clara movimentação e articulação do Centrão para viabilizar uma alternativa, enquanto Moro corre por fora e pode ser igualmente uma alternativa forte, tendo como ponto principal seu projeto de combate a corrupção. Ainda existem as expectativas de que essas duas frentes possam se juntar lá adiante para enfrentar, (palavras do Senador Coronel Ângelo PSD – BH), o ex-presidiário Lula e o falastrão Bolsonaro.

Quem viver verá. É o jogo da democracia.

Elizeu Gonçalves Muchon

elizeumuchon@hotmail.com