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Mulheres de Nova Andradina revelam desafios profissionais em diversas áreas; disparidade salarial é o maior obstáculo

No Dia Internacional das Mulheres, depoimentos coletados pelo Nova News revelam um panorama desafiador enfrentado por mulheres residentes em Nova Andradina no mercado de trabalho.

Três mulheres, representando diferentes áreas profissionais, compartilharam suas experiências, destacando questões como falta de reconhecimento, disparidade salarial e a difícil busca por igualdade de oportunidades.

"Não me sinto homenageada. Desempenho as mesmas funções de um homem, mas não tenho reconhecimento por parte dos meus superiores", afirmou uma das entrevistadas, evidenciando a persistência da desigualdade de gênero em diversos setores.

Outra mulher, que preferiu não se identificar, revelou uma disparidade salarial preocupante: "Ganho há mais de dez anos pouco mais de um salário mínimo, enquanto qualquer homem contratado  hoje, para a mesma função, ganha apenas R$ 80 a menos que eu. Eu estudei e investi nesta carreira."

A questão da confiança no ambiente de trabalho também foi levantada. Uma das entrevistadas questionou: "Dizem que sou de confiança, estou em um cargo onde demandam isso de mim. No entanto, meu cargo de confiança rende menos do que qualquer outro. A que custo a confiança deles?"

Estes relatos refletem desafios persistentes enfrentados por mulheres em busca de igualdade de oportunidades e reconhecimento no mercado de trabalho não só em Nova Andradina, mas em todo o mundo. O Dia Internacional das Mulheres serve como um lembrete não apenas para celebrar as conquistas femininas, mas também para continuar lutando por um futuro onde todas as mulheres tenham as mesmas oportunidades e direitos que os homens.

Legislação

Em julho do ano passado, o governo federal sancionou uma lei que garante igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para tornar os salários mais justos, aumentando a fiscalização contra a discriminação e facilitando os processos legais para garantir igualdade salarial.

Com a nova lei, empresas com 100 ou mais funcionários devem fornecer relatórios semestrais transparentes sobre salários e critérios de remuneração. Esses relatórios devem conter informações que permitam comparar salários e remunerações entre homens e mulheres de forma objetiva.

Caso haja alguma irregularidade, serão aplicadas punições administrativas e os processos legais para corrigir a desigualdade devem ser facilitados.

Também foram instituídos canais para denunciar o descumprimento da igualdade salarial por parte de empresas e entidades em geral. As pessoas podem encaminhar os casos por meio de um portal do Ministério do Trabalho ou pelo telefone: Disque 100, Disque 180 ou Disque 158.

(*Com Agência Brasil)

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