Após a abertura das comportas da usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, que deixou sete fazendas alagadas, o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da comarca de Batayporã, instaurou inquérito civil para apurar possíveis danos ambientais e de ordem coletiva.
A investigação consta na edição desta quarta-feira (12), do Diário Oficial do MPE e aponta os danos supostamente cometidos pela usina hidrelétrica pertencente à Companhia Elétrica de São Paulo (CESP).
A usina está instalada no Rio Paraná, na altura dos municípios de Rosana (SP) e Batayporã. Com a abertura das comportas, aproximadamente 7 mil cabeças de gado precisaram ser realocadas e 2.500 ficaram na estrada, ilhadas por não ter lugar para serem levadas.
Em nota, a Companhia Energética de São Paulo afirmou que que tem mantido o vertedouro aberto para o controle de vazão da água liberada pela UHE Porto Primavera, em decorrência do volume de chuvas acima da média nos rios que formam a Bacia do Paraná, fazendo com que todas as usinas hidrelétricas localizadas na região abrissem suas comportas.
De acordo com a empresa, a vazão chegou próximo à 14.000 m³/s na semana passada, porém, desde então tem mantido gradativa redução. Hoje, a vazão praticada é de 7.500 m³/s, com previsão de queda nos próximos dias. Vale destacar que esse tipo de operação durante o período de cheias é normal e segura, seguindo as regras operativas definidas pelos órgãos reguladores.
“A companhia reafirma seu compromisso com a transparência, mantendo a comunidade informada em caso de novas alterações relevantes. A empresa ainda possui o canal Diálogo Aberto, que atende por meio do WhatsApp (11) 93032-6699, para dúvidas e informações”, concluiu usina em nota.
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