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”Concorrência” impede que Nova Andradina abra novos leitos de UTI

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Imagem: Arquivo

Em entrevista veiculada nesta semana pelo jornal Midiamax, o prefeito de Nova Andradina, Gilberto Garcia (PL), afirmou que a “concorrência” de hospitais particulares na região tem impedido a abertura de novos leitos de UTI no município.

Além da iniciativa privada, o gestor disse que não tem conseguido superar a concorrência de municípios paulistas, próximos a Nova Andradina. “O meu ‘concorrente’, digamos assim, é um hospital particular aqui da região, que não paga muito acima do que nós pagamos”, frisou.

“Mas estamos próximos de São Paulo e lá as prefeituras e hospitais pagam muito mais”, complementou o chefe do Executivo municipal de Nova Andradina.

Gilberto Garcia também explicou que o município paga R$ 15 mil mensais a médicos intensivistas, valor que, segundo o prefeito reiterou, é abaixo do que pagam algumas prefeituras do interior de São Paulo.

Para o gestor, a falta desses profissionais no mercado, somado com o baixo poder econômico dos municípios, impede que a prefeitura abra novos leitos de UTI.

“Hoje temos oito (leitos UTI), com uma equipe sólida, queremos abrir mais dois, só que precisamos de uma segunda equipe e não achamos profissionais para montá-la”, disse.

Segundo o presidente do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcelo Santana Silvara, essa dificuldade encontrada pelas prefeituras do interior vai muito além do salário.

“Não existe uma verdade concreta que prefeituras do interior de São Paulo paguem mais do que as de Mato Grosso do Sul, na verdade algumas prefeituras aqui do Estado pagam mais do que o salário vizinho”, comentou.

Para Silvara, o principal motivo para o problema enfrentando é a falta de condições de trabalho adequadas que algumas prefeituras do interior de MS oferecem aos profissionais de saúde.

“Muitos locais, os médicos não possuem materiais suficientes para trabalhar, outras sempre atrasam pagamentos, isso deixa o profissional muito inseguro. As prefeituras têm a obrigação de organizar a área da saúde e garantir uma forma solida de trabalho para esses médicos”, disse.

O presidente do SinMed-MS disse que esse é o principal fator que torna a área particular mais atrativa, sem descartar os maiores salários, ele afirma que as condições de trabalho oferecidas são muito melhores do que as públicas.

“Por exemplo, é muita responsabilidade assumir um plantão em um local que o médico não terá condições trabalho. As prefeituras precisam entender que para o profissional permanecer na cidade é preciso oferecer muito além do salário, mas também equipar os hospitais”, comentou.

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