Na manhã desta quinta-feira (14), o Nova News conversou com a veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Nova Andradina, Suzana Amália, que classificou o trabalho voluntário das protetoras de animais como fundamental no caso do resgate de uma cadela vítima de zoofilia.
Conforme noticiado nas últimas horas pelo Nova News, as autoridades policiais atenderam, na tarde desta quarta-feira (13), uma ocorrência na Rua Arthur da Costa e Silva, Bairro Santa Terezinha, em Nova Andradina, referente à prática de maus-tratos contra uma cadela.
Segundo o boletim de ocorrência nº 1556/2025 registrado na 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), uma moradora relatou ter presenciado o homem praticando atos de abuso sexual contra o animal (zoofilia) e registrou o fato em vídeo. A Polícia Militar havia sido acionada, mas não conseguiu localizar o suspeito.
O Nova News apurou junto à veterinária do CCZ, Suzana Amália, que um grupo de protetoras, denominado “Mãos que Acolhem” recebeu informações de populares sobre a atitude do autor e que algumas dessas voluntárias monitorou o acusado por várias horas, até constatar a prática criminosa, momento em que as autoridades foram novamente acionadas.
Após o flagrante, o acusado foi detido e encaminhado para a 1ª DP, enquanto a cadela foi resgatada e encaminhada para o CCZ, onde passou a receber os devidos atendimentos.
Destino da cadela
Na manhã desta quinta (14), a veterinária do CCZ disse que a cadela se encontra estável. Ela recebeu medicamento para dor e também medicação para combater doença dermatológica, no caso, sarna.
Suzana explicou ao site que a cadela seguirá, pelos próximos dias, em observação e que, após a total recuperação, ela será disponibilizada para adoção responsável.
O CCZ
“Inclusive, aqui no CCZ temos vários animais disponíveis para adoção responsável. Quem quiser nos fazer uma visita, estamos aqui de segunda a sexta-feira, das 07h às 13h, na entrada do Jardim Universitário, em frente à pista de motocross. Nosso contato para denúncias é o (67) 3441-4715 e o nosso perfil no Instagram é @ccznovaandradina", explica ela.
A profissional pontua, no entanto, que o CCZ não é um abrigo público para cães e gatos, mas sim, um local destinado a atender animais com zoonoses, que são doenças infecciosas que podem ser transmitidas entre os próprios animais e também para o ser humano. “No caso de animais saudáveis, deve-se buscar outras alternativas de abrigo, uma vez que, nesses casos, o acolhimento não é de competência do CCZ”, informa.
As protetoras
Como já mencionado, a veterinária do CCZ fez questão de enaltecer o trabalho das protetoras. “Elas são nossos olhos e ouvidos na sociedade e a atuação desse grupo é essencial na proteção dos animais. Acredito que sem a atuação das protetoras, esse caso terrível de zoofilia, por exemplo, poderia não ter sido exposto e nem resolvido”, destaca ela, ao agradecer o grupo “Mãos que Acolhem”.
Nesta quinta-feira (14), o Nova News também conversou com as protetoras que atuaram na denúncia do caso de zoofilia. Nilly Werlang e Kamille Mollinedo afirmaram que atuam na causa de defesa dos animais por puro amor.
Elas explicaram que o trabalho é voluntário e que muitas vezes elas chegam a utilizar recursos próprios para oferecer abrigo, alimentação e cuidados aos animais atendidos.
Nilly Werlang, por exemplo, disse que há cerca de três anos conseguiu organizar um abrigo para gatos em sua casa e que, neste período, já ajudou no resgate, cuidado e doação de cerca de 300 felinos.
O grupo “Mãos que Acolhem” também mantém um abrigo improvisado para cães, sendo que, esses voluntários contam com a ajuda da sociedade para oferecer aos animais uma vida digna. Também há animais encaminhados para lares temporários.
“Quem quiser fazer parte dessa rede de voluntários e principalmente nos ajudar com a doação de ração e outros insumos, entre em contato com a gente. Toda colaboração é importante para que esse trabalho tenha continuidade”, explica Kamille.
Contatos
Para saber mais e colaborar com a causa da proteção aos animais em Nova Andradina, as pessoas interessadas podem entrar contato pelos números de celular / WhatsApp (44) 9 8403-3193 Nilly e (67) 9 9946-1280 Kamille. As protetoras também se colocam à disposição pelos seus respectivos perfis no Instagram @oficialnilly e @ka_mollinedo.
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