A colheita do milho segunda safra 2024/2025 já começou a ganhar ritmo em Mato Grosso do Sul. Dados do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), mostram que até o dia 20 de junho, aproximadamente 4,3% da área plantada foi colhida, o que corresponde a cerca de 90 mil hectares.

A região centro é a mais avançada, com média de 10,4% da área já colhida. Na região sul, o índice é de 3,1%, enquanto a região norte tem 0,05% de avanço.

Segundo o levantamento, as lavouras apresentam boas condições nas regiões nordeste, norte, oeste, centro, sul e sudoeste do Estado. Já as áreas localizadas no sudeste e na sul-fronteira enfrentam situações abaixo do potencial esperado.

A projeção é de que a segunda safra de milho seja 0,1% maior que a anterior, com uma área cultivada de 2,1 milhões de hectares. A produtividade média esperada é de 80,8 sacas por hectare, dentro do patamar das últimas cinco safras. Com esse desempenho, a produção total pode chegar a 10,2 milhões de toneladas, um aumento de 20,6% em relação ao ciclo 2023/2024.

O coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, explica que a cultura perdeu espaço nas lavouras sul-mato-grossenses. Atualmente, o milho ocupa cerca de 47% da área que antes era destinada à soja. "Já chegou a ocupar 75% da área da soja, mas perdeu força com o aumento dos custos de produção e as condições climáticas adversas, que ampliam o risco da atividade. Por isso, muitos produtores estão optando por diversificar a segunda safra", detalha.