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Mato Grosso do Sul acompanha União e decreta Estado de Emergência Ambiental até fim do ano

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Imagem: José Almir Portela / Arquivo / Nova News

O governo do Estado reitera Portaria publicada no dia 21 de março pelo Ministério do Meio Ambiente e declara “Estado de Emergência Ambiental” em Mato Grosso do Sul até o fim do ano. A medida consta no Decreto “E” número 70, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, e publicado na edição desta sexta-feira (8) do Diário Oficial do Estado.

Conforme o Decreto, o Estado “declara ‘Estado de Emergência Ambiental’ o período compreendido entre os meses de maio a dezembro de 2022, para todo o Estado de Mato Grosso do Sul afetado pelas condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle, sobre qualquer tipo de vegetação, acarretando queda drástica na qualidade do ar".

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, enfatiza que essas normas adotadas pela União e pelo Estado favorecem a adoção de medidas emergenciais essenciais ao plano de combate a incêndios florestais, como a contratação de brigadistas que vão atuar pelo Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) no Pantanal, em áreas de difícil acesso e em terras indígenas.

O governo do Estado tem investido de forma robusta na prevenção e combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, considerando que as condições climáticas (combinação de poucas chuvas e altas temperaturas) favorecem o surgimento de focos de calor. Incluindo a compra de um avião Air Tractor equipado para apoiar o trabalho dos bombeiros e brigadistas, o governo investiu recentemente R$ 56 milhões na estruturação do Corpo de Bombeiros com aquisição de embarcações, viaturas e modernos equipamentos.

O avião Air Tractor modelo AT-802F foi entregue em dezembro do ano passado e tem capacidade para transportar até 3 mil litros de água, sendo apontado como um dos melhores equipamentos para combate a incêndios florestais, principalmente em locais de difícil acesso às equipes terrestres, como no Pantanal.

O total de focos de calor nos três primeiros meses desse ano está superior ao apurado no ano passado, conforme dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram registrados 309 focos de calor nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021, contra 493 no mesmo período desse ano. Isso se deve, em parte, ao fato de que as queimadas controladas estavam proibidas no ano passado e foram liberadas nesse ano, observa o assessor bombeiro militar da Semagro, coronel Waldemir Moreira Júnior.

Ele acrescenta, entretanto, que historicamente o período mais crítico é no segundo semestre do ano. Em julho do ano passado foram registrados 916 focos de calor, em agosto 2.246, em setembro 2.739 e em outubro, 1.695. O Estado já se prepara com prognósticos de ocorrências para os próximos três meses e traça as estratégias para fazer o enfrentamento.

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