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Nova Andradina - Jovem que vendeu falsa rifa beneficente é indiciado pelo crime de estelionato

Denúncia foi feita pelo Nova News após o autor tentar enganar a população se valendo de uma publicação do site

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Jovem organizou falsa rifa beneficente para obter vantagem financeira - Imagem: Arquivo / Nova News

Nesta segunda-feira (05), em Nova Andradina, um jovem foi indiciado pelo crime de estelionato após vender uma falsa rifa beneficente que teria como objetivo ajudar no tratamento de um homem residente em Campo Grande e que sofria de uma doença neurodegenerativa.

Nos últimos dias, o autor, que se identificou como sendo filho do paciente, manteve contato com a equipe do Nova News para divulgar a venda da rifa de um telefone celular que, em tese, seria para custear um tipo de alimentação utilizada pelo suposto pai acamado.

Antes de produzir a matéria, o Nova News questionou o jovem sobre os dados do suposto pai, com relação à doença, solicitou dados do composto nutritivo a ser adquirido com o dinheiro da venda da rifa bem como sobre o tratamento de saúde de forma geral, sendo que ele prontamente respondeu todas as questões detalhadamente, bem como forneceu uma imagem do paciente acamado, da rifa e do celular que era oferecido como prêmio.

O rapaz disse que era residente em Campo Grande e que estaria em Nova Andradina por estudar em um determinado curso do campus local da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), motivo pelo qual, embora o suposto paciente estivesse na Capital, a rifa estava sendo vendida em Nova Andradina.

Com todas as informações em mãos e agindo na intenção de ajudar no tratamento de saúde do paciente, o Nova News produziu uma matéria sobre a ação beneficente, cuja publicação ocorreu no final da tarde de sexta-feira (02).

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Objetos apreendidos pela Polícia Civil em poder do autor - Imagem: Divulgação / PC

Devido ao grande alcance do Nova News em toda a região e no Estado, dentro de poucas horas a reportagem ganhou grande repercussão, sendo que, no sábado (03), o jovem, estranhamente, entrou em contato com o site solicitando que a matéria fosse retirada do ar, alegando motivos sem consistência, o que não foi atendido a princípio.

Já no domingo (04), uma pessoa que seria de fato da família do paciente também entrou em contato com site informando que o organizador da rifa divulgada teria agido de má fé utilizando indevidamente os dados do homem doente para vender a rifa e que suposta ação beneficente não seria legítima.

O Nova News também foi acionado por responsáveis da UFMS afirmando que o jovem, na verdade, não seria acadêmico da universidade e que estaria usando, também de forma indevida o nome da instituição afirmando que estaria em Nova Andradina para estudar.

Diante de tais elementos, o Nova News imediatamente retirou do ar a publicação e procurou a 1ª Delegacia de Polícia Civil para que o caso fosse apurado, sendo que, em poucas horas, a autoridade policial conseguiu localizar o jovem, que, ouvido pelo delegado, admitiu ter praticado crime de estelionato.

Já nesta terça-feira (06), segundo a Polícia Civil, foi apurado que o jovem, de fato, não era filho do paciente e não era estudante em Nova Andradina. Ele teria ainda, em algumas oportunidades se passado por advogado, o que também não condiz com a realidade.

Em poder dele foi apreendida uma cartela de rifa, um telefone celular pertencente a outra pessoa e também algumas peças de roupas que ele teria adquirido no comércio local com a promessa que fazer posteriormente o pagamento.

Segundo o delegado responsável pela Seção de Investigações Gerais (SIG), Guilherme Scucuglia Cezar, questionado sobre o valor arrecadado com a venda da falsa rifa beneficente, o autor disse que gastou o dinheiro com futilidades.

Diante dos fatos, os produtos apreendidos, no caso o celular e as roupas, serão restituídos às vítimas. Já com relação ao autor ele responderá pelo crime de estelionato, que consiste em fraude praticada em contratos ou convenções, que induz alguém a uma falsa concepção de algo com o intuito de obter vantagem ilícita para si ou para outros.

Ainda segundo o delegado, embora não haja obrigatoriedade jurídica neste primeiro momento com relação à devolução dos valores, o jovem se comprometeu a encaminhar o equivalente ao dinheiro recebido indevidamente à vítima que está doente, já que o nome do paciente foi usado. "Caso ele não faça isso, é possível que a família da vítima entre com ação para pedir os valores judicialmente", concluiu a autoridade policial.

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