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Operação deflagrada em MS investiga plano para matar delegado e promotor

Mandados são cumpridos em propriedades do ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jerson Domingos

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Imagem: Arquivo / Divulgação / Gaeco

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) está cumprindo 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Sidrolândia, Aquidauana, Rio Verde, Rio Negro e João Pessoa (PB).

A operação faz parte das investigações sobre um suposto plano de atentado contra a vida de autoridades de Mato Grosso do Sul, dentre elas um promotor de Justiça do Gaeco e um delegado de polícia.

Um dos alvos da segunda fase da Operação Omertà é o ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Conta do Estado (TCE), Jerson Domingos. Nas propriedades rurais dele a força-tarefa estaria cumprindo mandados de busca e apreensão.

Outros pontos de cumprimento de mandados seriam em dois imóveis no centro de Campo Grande e também no Tribunal de Contas. Um desses imóveis é no apartamento onde mora a irmã de Jerson Domingos, Tereza Name, que é esposa de Jamil Name, preso na primeira fase da operação.

O Gaeco o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e Batalhão de Choque estão cumprindo 18 mandados contra investigados na Operação Omertà desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (17).

A segunda fase da operação foi deflagrada depois da descoberta de um plano para atentar contra a vida de autoridades no Estado, entre elas um promotor de Justiça do Gaeco. A primeira etapa da Omertà foi em setembro de 2019 para investigar os crimes de organização responsável por crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva.

Apontados pela investigação como chefes da milícia, o empresário Jamil Name, 80 anos, e o filho dele, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, 42 anos, foram presos no dia 27 de setembro. Os dois estão no Presídio Federal de Mossoró (RN). Na primeira etapa foram expedidos 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril de 2019 com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras desde 26 de abril de 2019. A partir das investigações, foi descoberta organização criminosa que seria chefiada por Jamil e Jamil Filho.

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com sete tiros de fuzil e, na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018.

O nome da operação, Omertà, é um código de honra da máfia italiana, que exige voto de silêncio.

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