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Crianças em barracão, falta de merenda e atrasos no pagamento: como Gilberto Garcia perdeu status de “Amigo da Educação”

Silêncio do Sindicato Municipal de Educação (SIMTED) também chamou a atenção; órgão de defesa dos trabalhadores não se pronunciou publicamente em nenhum dos episódios

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Imagem: Redes Sociais

Antes aclamado por uma parcela considerável dos professores municipais, muito em virtude dos recorrentes reajustes conferidos aos educadores, sempre com percentuais acima da inflação, o prefeito Gilberto Garcia (PODEMOS) chega ao fim do seu terceiro mandato com o status de “Amigo da Educação” ameaçado.

As queixas da categoria se intensificaram principalmente em 2024, ano em que o Ministério Público Estadual, após denúncias, emitiu recomendação depois que o prefeito autorizou a adaptação de um antigo barracão de supermercado para abrigar as crianças da Escola Municipal Mundo da Criança. Apesar da recomendação, os alunos ainda seguem no local. Em 2012, último ano do seu primeiro mandato, Gilberto Garcia já havia sido criticado por alocar crianças do Centro de Educação Infantil (Ceinf) Monteiro Lobato em um barracão, em Nova Casa Verde.

Também em 2024, o prefeito foi alvo de críticas depois que a Comissão de Eficácia Legislativa da Câmara Municipal de Vereadores de Nova Andradina alertou para a falta de alimentos básicos e essenciais na merenda escolar, como arroz e carne. O fato foi confirmado por diretores de escola, conforme noticiado pelo Nova News.

Por fim, surgiram ainda denúncias envolvendo os convocados pela Prefeitura Municipal para atuar na Educação, que foram aprovados no último processo seletivo em Nova Andradina. Esses profissionais, conforme relatos próprios, após terem sido selecionados e entregado toda a documentação necessária para o início imediato das atividades, passaram a enfrentar dificuldades financeiras devido aos atrasos no recebimento de seus salários.

“A gente foi ao RH da prefeitura pedir esclarecimento, aí jogaram a culpa no banco. Entramos em contato com o banco, e eles nos informaram que não receberam nenhuma folha de pagamento ainda, e segundo eles, a culpa é do banco. Temos nossos compromissos, muitas têm filhos e precisam comprar alimentos, fraldas, e até agora nada. Eles estão nos tratando como palhaços, trouxas, e estamos exigindo que algo seja feito”, afirmou uma das selecionadas em processo seletivo, entrevistada pelo Nova News em março deste ano.

Adicionalmente, um ofício foi enviado e assinado pelos vereadores Gabriela Delgado, Arion Aislan e Josenildo Ceará em 27 de fevereiro buscando esclarecimentos junto à Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte.

Eles destacam no documento que no ano anterior também ocorreu atraso no pagamento dos salários dos professores e estagiários convocados pela rede municipal de ensino. No ofício, os vereadores solicitam a realização imediata da assinatura dos contratos de todos os profissionais e a entrega de cópias dos mesmos, considerando os problemas enfrentados no passado e buscando evitar sua repetição. Até o momento, os edis não receberam retorno do ofício.

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