Publicado em 08/05/2020 às 09:29, Atualizado em 08/05/2020 às 13:36

Wilson rebate Tadao e diz que saída do PT foi motivada por casos de corrupção no Brasil

Vereador emitiu nota para responder declarações do presidente do PT em Nova Andradina

José Almir Portela, Redação Nova News
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Foto: Arquivo/Nova News

Também por meio de nota, o vereador Wilson Almeida (PSDB) rebateu o presidente do PT em Nova Andradina, professor Luiz Tadao, dizendo que sua saída foi motivada por casos de corrupção no Brasil.

Este vereador não se utilizou do Partido dos Trabalhadores como instrumento para sua eleição. A realidade é que, à época de minha candidatura, eu e muitos brasileiros ainda depositávamos confiança no PT”, disse o parlamentar.

Em outro trecho, Wilson complementa: “entretanto, logo após minha eleição, principalmente, ao receber os noticiários sobre a lava jato, compreendi que algumas lideranças de âmbito nacional do partido dos trabalhadores, ao qual eu estava vinculado, não demonstravam um compromisso com aquilo que eu aprendi a valorizar com meus pais, isto é, com a verdade, a moralidade e a honestidade. E, a partir desse momento, não compactuei com alguns atos e ações do PT, pois não acho adequado apoiar aqueles que estavam sendo responsabilizados por enganar e trair o povo brasileiro”.

No documento, o vereador também cita as acusações de que deixou de participar de reuniões internas, entre outros apontamentos feito por Tadao.

Confira abaixo na íntegra:

“Os boatos não devem prevalecer sobre os fatos, pois somente estes representam a verdade, e contra fatos não há argumentos.

Em meu direito de resposta, tenho a afirmar que, diferentemente dos boatos apresentados ao Nova News, no dia 06/05/2020, pelo presidente do PT, Sr. Luiz Tadao, este vereador (Wilson Almeida) não se utilizou do Partido dos Trabalhadores como instrumento para sua eleição. A realidade é que, à época de minha candidatura, eu e muitos brasileiros ainda depositávamos confiança no PT.

Entretanto, logo após minha eleição, principalmente, ao receber os noticiários sobre a lava jato, compreendi que algumas lideranças de âmbito nacional do partido dos trabalhadores, ao qual eu estava vinculado, não demonstravam um compromisso com aquilo que eu aprendi a valorizar com meus pais, isto é, com a verdade, a moralidade e a honestidade. E, a partir desse momento, não compactuei com alguns atos e ações do PT, pois não acho adequado apoiar aqueles que estavam sendo responsabilizados por enganar e trair o povo brasileiro.

Eu, porém, apesar dos fatos acima relatados, não decidi abandonar, naquele momento, o partido pelo qual fui eleito, até por que eu não possuía, ainda, uma justa causa para me desfiliar sem eventual perda do mandato que me foi concedido pela população de Nova Andradina, a qual, em sua maioria, depositou seu voto por acreditar que eu poderia desempenhar um bom trabalho em prol desta cidade.

E, por isso, em cumprimento a meu desiderato, a fim de bem executar meu mandato, continuei filiado ao PT, no entanto, deixei de participar de algumas reuniões do partido, pois minhas opiniões não condiziam em concordar com a desonestidade de algumas lideranças de âmbito nacional, que tinham sido desmascarados pela Justiça.

Ocorre que o PT, sob as falaciosas acusações de que eu teria deixado de comparecer em algumas reuniões e de que não teria pago as contribuições partidárias, resolveu instaurar processo administrativo para minha expulsão. Mas, quanto a isso é necessário deixar claro que a verdade é que nunca me recusei a participar de reuniões do partido, o que me recusei foi em concordar com o apoio a algumas lideranças de âmbito nacional que haviam traído os trabalhadores, e, também, não concordei com o pagamento de uma contribuição mensal de 10% (dez por cento) sobre o salário de vereador, uma vez que esse valor, além de excessivo, infelizmente, poderia ser utilizado para colaborar com lideranças nacionais que não tinham cumprindo o seu papel como representantes do partido e do povo brasileiro.

Assim, quando tive a oportunidade, em razão da janela partidária, resolvi mudar para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), não por que eventualmente seria expulso do PT, mas sim, por que vi no PSDB os ideais que eu buscava encampar, uma vez que este trata-se de um partido que tem entre seus ideais a preocupação com o social, com a democracia, com os valores cristãos, e com a melhoria das condições econômicas da população brasileira, principalmente dos mais pobres.

Ademais, não é realidade que as lideranças locais do PT me procuraram para me advertir de que eu não obteria a autorização para eventualmente disputar a reeleição pelo PT em 2020, mas sim, foi decisão minha, ao perceber que o PSDB possibilitaria um melhor desenvolvimento de meu trabalho atual em prol de Nova Andradina.

Por fim deixo claro que, se pedi para sair do PT, não é por que deixei de acreditar na importância de se garantir direitos aos trabalhadores, mas sim por que percebi que esse partido deixou de ter entre suas prioridades a defesa dos operários e das classes mais pobres, com o que eu não posso concordar."