O Projeto Audiovisual Gema, coletivo de arte independente criado por artistas de Nova Andradina, vem realizando ações visando o fomento e a potencialização da arte e da cultura da cidade.
A iniciativa surgiu quando um grupo de pessoas - unidos por um ideal em comum - se encontraram na academia do curso História e foram encorajados por sua professora a começar a realizar projetos artísticos dentro da universidade.
“A universidade foi bem importante para esse processo. Diante das experiências positivas das atividades que realizávamos lá, foi possível enxergar a arte como ferramenta fundamental para o processo de formação de qualquer indivíduo, e através da professora Rejane Candado, enxergamos a universidade para além dos seus muros”, conta Rodrigo Souza, coordenador geral e co-criador do coletivo.
Desde então, o grupo começou a externar esses projetos para a comunidade de Nova Andradina, com a realização de um sarau de arte em 2018. Com a repercussão positiva do evento, o grupo estabeleceu aquele projeto como um evento anual, realizando-o novamente em 2019, momento marco da criação do coletivo.
Entretanto, a edição seguinte do festival em seu formato tradicional ficou comprometida devido à pandemia decorrente da Covid-19. Foi quando ao olhar para esse novo normal, e ver esse mundo – que já era virtual – ficar cada vez mais virtual, que o grupo decidiu então tornar o coletivo um projeto audiovisual, levando seus eventos, projetos e ideais para o espaço das plataformas digitais.
Cristiano Alex, produtor audiovisual e membro do coletivo, fala sobre a importância dos registros audiovisuais do projeto “O fato de também tornarmos o coletivo um projeto audiovisual, contribui para registros de memórias que futuramente servirão como um importante material de pesquisa para a arte e a cultura da cidade”.
Durante esse período o coletivo realizou projetos e eventos culturais; além da idealização de cursos, e tutorais, a fim de democratizar o acesso à arte e a recursos oriundo de editais de cultura, auxiliando os artistas locais para participar dessas seleções, seja de nível municipal ou estadual.
Para Mary, diretora de programação do coletivo, as ações do projeto visam criar um espaço para que as vozes dos artistas sejam ouvidas. “Se sabe que os artistas existem, que estão espalhados por aí tentando mostrar seu talento, batalhando desde sempre, mas quem os ouve? Então o projeto surge dessa ânsia de se fazer ouvir, esse desejo de fazer algo pela cidade, e pelas pessoas”, explica.
Através do perfil do Instagram, o projeto busca postar os conteúdos que produziram ao longo do período de pandemia, criando quadros de conversas, entrevistando artistas de diferentes regiões do Mato Grosso do Sul e postando produções feitas com os artistas locais. O Instagram é o espaço virtual onde o projeto eterniza suas produções.
Nayara Machado, diretora executiva e co-criadora do projeto, reforça que o coletivo sempre teve o intuito de mobilizar a classe artística de Nova Andradina a uma união. “Durante os eventos organizados pelo Projeto Gema é possível notar a diversificação de estilos artísticos presentes. Seja da MPB, do Hip Hop, de uma apresentação teatral de intervenção ou de oficinas de arte e construção de instrumentos musicais por materiais não convencionais”, pontua.
Atualmente, o projeto coordenado por doze artistas de Nova Andradina (Rodrigo Souza, Nayara Machado, Diego Gomes, Mary Ferreira, Nanda Nóbrega, Felipe Barreto, Biel Henrique, Crizis, Bruno Seleguim, Challa, Matheus Souza e Gabriel Izá), desempenhando funções diversas, trabalhando com o mesmo propósito.
“Os nossos ideais são a comunicação, democratização e acessibilidade à arte. Não somos um coletivo renomado ou repleto de experiência, mas estamos na correria para mostrar que Nova Andradina também é arte e a arte sempre resiste”, completa a artista.
O Projeto Gema segue trabalhando para que seus objetivos e seus ideais sejam atingidos e trabalha agora para o lançamento do documentário “Cada Canto da Cidade”, que reúne uma série de entrevistas com as histórias dos artistas de Nova Andradina.
“A gente espera, principalmente, que através do documentário as pessoas possam entender a importância da valorização desses artistas. Esperamos que a comunidade possa consumir a arte a local e que a nossa gestão possa olhar para a cultura com a importância que ela merece”, solicita Rodrigo Souza.
“Essa iniciativa do coletivo é extremamente importante, porque está abrindo um espaço para que a comunidade nova-andradinense conheça seus artistas, suas histórias e acredito que quando ocorre essa interação, podemos conhecer nossa arte local e valorizar nossa cultura que está sendo representada por eles!”, completa Mary.
Para mais informações sobre o Projeto Audiovisual Gema, as pessoas interessadas podem clicar aqui. (*Com informações de Rodrigo Souza, coordenador geral e co-criador do coletivo).
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