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Advogado apontado como assassino de Fernanda Ribeiro pede que processo seja colocado em sigilo

Solicitação foi negada pelo juiz substituto da 2ª Vara do tribunal do Júri de Campo Grande

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Advogado na viatura policial - Imagem: Márcio Rogério / Arquivo / Nova News

Segundo matéria do Campo Grande News, o advogado de 42 anos apontado como assassino de Fernanda Ribeiro, de 36 anos, ex-presidente do Partido Social Liberal (PSL) de Nova Andradina, encontrada morta na zona rural de Batayporã no dia 29/04/2021, pediu à Justiça que colocasse em sigilo processo sobre o caso.

Ao solicitar o sigilo, o acusado alegou o fato de estar com “o nome na boca do povo e da mídia”, porém, o pedido foi negado pelo juiz substituto da 2ª Vara do tribunal do Júri de Campo Grande, onde corre a ação.

Ainda segundo o Campo Grande News, no pedido, feito de próprio punho, ele ainda afirma que desconhecidos teriam imprimido e jogado cópia da denúncia contra ele no portão do Presídio Militar de Campo Grande, onde ele segue preso aguardando julgamento.

Em sua decisão, o juiz Marcel Henry Arruda considerou que partes do processo já foram colocadas em sigilo por conterem fotos íntimas da vítima. “Assim, uma vez que, na presente carta precatória, não foram encaminhados os documentos, mas apenas cópia da denúncia, tampouco consta no rosto da aludida menção para que se processe em sigilo, indefiro o pedido do réu”, determinou o magistrado.

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Fernanda Ribeiro morava em Nova Andradina e foi encontrada morta na zona rural de Batayporã - Imagem: Redes Sociais

O caso

A Polícia Civil de Batayporã com apoio do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Nova Andradina conclui no dia 28/05/2021, a investigação que apurou a morte ocorrida no dia 28/04/2021.

Desde a localização do corpo de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, em uma plantação de milho no cascalho que liga os municípios de Batayporã e Nova Andradina, a Polícia Civil realizou a inquirição de diversas testemunhas bem como procedeu a análise do notebook pessoal da vítima, os quais culminaram no cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, namorado da vítima.

No local teria se procedido a apreensão de telefone celular, algumas vestimentas, panos, bem como o veículo do investigado, todos submetidos a exame pericial e análise pelos investigadores de polícia, oportunidade em que, teriam se angariado elementos suficientes para se representar pela prisão temporária dele, que teve manifestação favorável do Ministério Público e decretação pelo Poder Judiciário, com cumprimento no dia 02/05/2021.

E, na sequência, em razão dos elementos probatórios então produzidos, teria se realizado o indiciamento do investigado, o qual, inquirido, reservou-se em seu direito constitucional de permanecer em silêncio.

De modo que, realizadas análises e submetidos os materiais apreendidos a exames periciais, os laudos concluíram pela presença de material genético da vítima tanto nas vestimentas apreendidas na residência quanto no interior do veículo do investigado.

Do caso

Conforme restou apurado na investigação, a vítima Fernanda e o suspeito possuíam um relacionamento amoroso, o qual era muito conturbado e, no dia em que Fernanda foi morta, 28/04/2021, teriam marcado de se encontrar, no início da noite, fato, este, comprovado tanto através dos elementos contidos no telefone celular do investigado quanto em outras imagens de câmeras de segurança do entorno da cidade e oitiva de testemunhas.

Se não bastasse, após a prática do crime, o indiciado teria tentado se desfazer de elementos probatórios atinentes à investigação, razão pela qual, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado.

Diante dos fatos, o advogado se tornou réu por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes após o Poder Judiciário acatar denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS).

No entendimento do MP-MS, o crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. O advogado ainda teria alterado elementos com fim de induzir as autoridades a erro.

Como já informado, o advogado segue preso em Campo Grande, onde aguarda definição da data realização para seu julgamento. Desde o início, o caso gera grande comoção popular, ganhando destaque inclusive nas mídias regional, estadual a até nacional. (Com informações do Campo Grande News, do Midiamax e da Polícia Civil).

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