Publicado em 25/05/2021 às 20:04, Atualizado em 26/05/2021 às 00:21
Ele ainda terá que indenizar os herdeiros da vítima morta em R$ 30 mil e a vítima que sobreviveu em mais R$ 10 mil
Após cerca de 11 horas de julgamento, Alexandre Aparecido Muller, de 64 anos, conhecido como “Polaco”, acusado de matar a tiros a ex-cunhada, Mercedes Félix Sobrinho, de 55 anos, e balear também a irmã dela, uma mulher de 59 anos, crime ocorrido no mês de dezembro de 2019, em Nova Andradina, foi condenado a 26 anos, 11 meses e 8 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de feminicídio, tentativa de feminicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Além da sentença de privação de liberdade, “Polaco” também foi condenado a indenizar sua ex-esposa, que foi baleada e sobreviveu, em R$ 10 mil e também terá que indenizar os herdeiros da vítima em óbito, Mercedes Félix Sobrinho, em R$ 30 mil, sendo estes os valores mínimos.
O julgamento, que teve início por volta das 08h30 e só foi concluído próximo das 20h desta terça-feira (25), ocorreu nas dependências do Tribunal do Júri do Fórum da Comarca, sendo que, o réu, que se encontra recolhido do Estabelecimento Penal Masculino de Nova Andradina (EPMNA), participou por meio de videoconferência.
Os trabalhos do Tribunal do Júri foram presididos pelo juiz Walter Arthur Alge Netto. A sessão seguiu todos os protocolos de biossegurança no contexto preventivo à Covid-19.
O caso
No dia dos fatos, em 14/12/2019, o autor teria ido até a casa onde as mulheres estavam e efetuado diversos disparos de arma de fogo contra elas, fugindo do local em seguida.
A mulher de 59 anos foi atendida em Nova Andradina e conseguiu se recuperar, enquanto Mercedes, devido à gravidade de seu quadro clínico, chegou a ser transferida para uma unidade hospitalar em Dourados, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 16/12/2019.
No dia 19/12/2019 o acusado Alexandre Aparecido Muller, que estava desaparecido desde o momento do crime, se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher de Nova Andradina (DAM) e foi preso, sendo agora, julgado e condenado.
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