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Nova Andradina - Homens acusados de envolvimento em homicídio são julgados nesta quarta-feira (11)

Júri popular acontece nas dependências do Fórum da Comarca

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Julgamento foi iniciado na manhã desta quarta-feira (11) - Imagem: Acácio Gomes / Arquivo / Nova News

Teve início na manhã desta quarta-feira (11), nas dependências do Fórum da Comarca de Nova Andradina, o júri popular de três homens acusados de envolvimento no assassinato de Ronaldo da Silva Lopes, morto a tiros no dia 08 de maio de 2018, em uma casa localizada na Rua Vearni Castro.

Conforme apurado pelo Nova News, o julgamento, presidido pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, ocorre por meio de videoconferência, uma vez que, os réus Antônio Marcos dos Anjos Silva e Bruno Fabrício da Silva estão recolhidos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande e Willians Moreira está na Penitenciária Estadual de Dourados.

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Trabalhos são presididos pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira - Imagem: Acácio Gomes / Arquivo / Nova News

O júri desta quarta-feira (11) é a continuação do julgamento realizado no dia 30 de setembro de 2019 e que só terminou na madrugada do dia seguinte, em 01 de outubro de 2019, após quase 20 horas.

Naquela ocasião, Maxilaine dos Anjos, que participou do julgamento de forma presencial, foi condenada a 14 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Ademir Naide e Mateus Moreira, até então presos em Dourados, que participaram por meio de videoconferência, foram condenados a seis anos em regime semiaberto por homicídio simples. Eles tiveram a prisão preventiva revogada.

Com relação ao júri desta quarta-feira (11), devido à complexidade do caso, o Nova News apurou que não há previsão para a conclusão dos trabalhos.

O crime

Segundo o Ministério Público, no dia 08 de maio de 2018, por volta das 19h40, em uma casa localizada na Rua Vearni Castro, em Nova Andradina, os denunciados Bruno Fabrício da Silva, Willians Moreira, Antônio Marcos da Silva, com a participação de Cícera dos Anjos da Silva, Mateus Moreira Constantino e Maxilaine dos Anjos da Silva, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra Ronaldo da Silva Lopes, que morreu no local.

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Crime ocorreu no dia 08 de maio de 2018, em Nova Andradina - Imagem: Arquivo / Nova News

Durante as investigações realizadas pela 1ª Delegacia de Polícia foi apurado que a vítima havia fugido para Nova Andradina após participar do homicídio de João dos Anjos, ocorrido em Vila Amandina, no município de Ivinhema, em 28 de abril de 2018.

Segundo a apuração policial, João dos Anjos era irmão de Cícera e tio de Maxilaine e Antônio, todos, conforme as autoridades, envolvidos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os executores do assassinato de Ronaldo da Silva Lopes foram identificados como sendo Bruno e Willians, sendo que, a moto utilizada por eles no dia dos fatos teria sido emprestada por Mateus.

Ainda pelas apurações, foi constatado que Mateus Naide atuou em toda a organização do crime, inclusive oferecendo apoio logístico aos demais autores. 

O outro envolvido, Mateus, mesmo preso em Dourados, teria planejado a morte da vítima, acompanhando passo a passo todo o andamento do crime.

Pelos autos, coube a Cícera e Maxilaine atuar na identificação e vigília da vítima assim que ela chegou a Nova Andradina.

Segundo o Ministério Público, houve duas tentativas frustradas de execução da vítima, sendo uma de manhã, com a participação de Willians e Ademir, e outra na parte da tarde, ocasião em que atuaram Willians e Bruno.

Foi apurado ainda que Ademir forneceu uma das armas utilizadas no homicídio e também utilizou uma loja de conveniências de sua propriedade como ponto de apoio, onde os envolvidos no crime se reuniram.

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No júri do ano passado, Ademir (Gago) e Mateus (Dog) participaram por meio de videoconferência e foram condenados a seis anos em regime semiaberto - Imagem: Arquivo / Nova News

Diante dos fatos, todos foram denunciados pelo crime de homicídio, porém, devido a ausência de provas, a denúncia contra Cícera dos Anjos da Silva foi julgada improcedente, uma vez que, não foram demonstrados indícios suficientes de sua participação. Foi apurado que a ré apenas teria se dirigido até a Delegacia de Polícia para comunicar que a vítima estaria na cidade e pedir sua prisão pela participação no homicídio ocorrido em Vila Amandina.

Quanto a Antônio Marcos e Bruno Fabrício foi mantida a sentença de pronúncia ante a inexistência de qualquer novo fundamento que possa motivar a revisão do entendimento adotado anteriormente. Como houve o desmembramento do processo, Antônio, Bruno e Willians estão sendo julgados nesta quarta-feira (11).

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Maxilaine, que estava presente no julgamento realizado em 2019, foi condenada a 14 anos de prisão em regime fechado - Imagem: Arquivo / Nova News

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