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Nova Andradina - Três envolvidos em assassinato ocorrido em 2018 são condenados

O julgamento foi presidido pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira

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Trabalhos foram presididos pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira - Imagem: Acácio Gomes / Arquivo / Nova News

Mais três envolvidos no assassinato de Ronaldo da Silva Lopes, morto a tiros no dia 08 de maio de 2018 foram condenados na última quarta-feira (11).

O julgamento foi presidido pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, nas dependências do Fórum da Comarca de Nova Andradina e ocorreu por meio de videoconferência, uma vez que, os réus Antônio Marcos dos Anjos Silva e Bruno Fabrício da Silva estão recolhidos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande e Willians Moreira está na Penitenciária Estadual de Dourados.

O júri desta quarta-feira (11) deu continuação ao julgamento realizado no dia 30 de setembro de 2019 e que só terminou na madrugada do dia seguinte, em 01 de outubro de 2019, após quase 20 horas.

Naquela ocasião, Maxilaine dos Anjos, que participou do julgamento de forma presencial, foi condenada a 14 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Ademir Naide e Mateus Moreira, até então presos em Dourados, que participaram por meio de videoconferência, foram condenados a seis anos em regime semiaberto por homicídio simples. Eles tiveram a prisão preventiva revogada.

Nesta quarta-feira (11), Antônio foi condenado a 20 anos, dois meses e cinco dias de reclusão, pelo crime de homicídio, mediante emboscada, com concurso de mais pessoas e sob o fato de ter, de certa forma, dirigido a atividade dos demais participantes, tendo atuado na organização do crime.

Bruno foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão, pelo crime de homicídio praticado mediante paga ou promessa de recompensa e em situação de emboscada.

Willians cumprirá pena de 19 anos e três meses de reclusão por homicídio mediante paga ou promessa de recompensa, em situação de emboscada e por atuar na organização do crime e na direção da atividade dos demais participantes.

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Crime ocorreu no dia 08 de maio de 2018, em Nova Andradina - Imagem: Arquivo / Nova News

O crime

Segundo o Ministério Público, no dia 08 de maio de 2018, por volta das 19h40, em uma casa localizada na Rua Vearni Castro, em Nova Andradina, os denunciados Bruno Fabrício da Silva, Willians Moreira, Antônio Marcos da Silva, com a participação de Cícera dos Anjos da Silva, Mateus Moreira Constantino e Maxilaine dos Anjos da Silva, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra Ronaldo da Silva Lopes, que morreu no local.

Durante as investigações realizadas pela 1ª Delegacia de Polícia foi apurado que a vítima havia fugido para Nova Andradina após participar do homicídio de João dos Anjos, ocorrido em Vila Amandina, no município de Ivinhema, em 28 de abril de 2018.

Segundo a apuração policial, João dos Anjos era irmão de Cícera e tio de Maxilaine e Antônio, todos, conforme as autoridades, envolvidos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os executores do assassinato de Ronaldo da Silva Lopes foram identificados como sendo Bruno e Willians, sendo que, a moto utilizada por eles no dia dos fatos teria sido emprestada por Mateus.

Ainda pelas apurações, foi constatado que Mateus Naide atuou em toda a organização do crime, inclusive oferecendo apoio logístico aos demais autores.

O outro envolvido, Mateus, mesmo preso em Dourados, teria planejado a morte da vítima, acompanhando passo a passo todo o andamento do crime.

Pelos autos, coube a Cícera e Maxilaine atuar na identificação e vigília da vítima assim que ela chegou a Nova Andradina.

Segundo o Ministério Público, houve duas tentativas frustradas de execução da vítima, sendo uma de manhã, com a participação de Willians e Ademir, e outra na parte da tarde, ocasião em que atuaram Willians e Bruno.

Foi apurado ainda que Ademir forneceu uma das armas utilizadas no homicídio e também utilizou uma loja de conveniências de sua propriedade como ponto de apoio, onde os envolvidos no crime se reuniram.

Diante dos fatos, todos foram denunciados pelo crime de homicídio, porém, devido a ausência de provas, a denúncia contra Cícera dos Anjos da Silva foi julgada improcedente, uma vez que, não foram demonstrados indícios suficientes de sua participação. Foi apurado que a ré apenas teria se dirigido até a Delegacia de Polícia para comunicar que a vítima estaria na cidade e pedir sua prisão pela participação no homicídio ocorrido em Vila Amandina.

Quanto a Antônio Marcos e Bruno Fabrício foi mantida a sentença de pronúncia ante a inexistência de qualquer novo fundamento que pudesse motivar a revisão do entendimento adotado anteriormente. Como houve o desmembramento do processo, Antônio, Bruno e Willians foram julgados nesta quarta-feira (11).

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